Além do embate histórico dos imunizantes, Bolsonaro ganhou a confiança de 37% dos brasileiros
E não é só isso!
O último Resumo da Semana vem bem recheado de acontecimentos para você. Só nos últimos dias tivemos polêmicas com o plano de imunização, novos escândalos envolvendo o 01 de Bolsonaro, caça às empresas de tecnologia e o reconhecimento da vitória de Biden sobre Trump.
Muito emocionante, não é mesmo?
Para conferir essas e mais outras, continue lendo até o final:
Queda dos gigantes
Para provar que 2020 não tem sido legal com todos, o Google sofreu um tombo nesta semana.
Na segunda-feira, 14 de dezembro, alguns usuários do Google tiveram dificuldades em acessar os serviços oferecidos pela empresa, como o Gmail, o Drive, Meet e algumas outras ferramentas. O problema foi identificado no Brasil, mas teve impacto principalmente nos EUA e na Europa.
Como começar a sua semana sem responder o seu querido e-mail? Segundo o DownDetector - site que detecta problemas e falhas em tempo real de serviços online - os usuários se depararam com “erro 500” quando acessavam os produtos. O aviso aparece quando há incompatibilidade em um site.
Mais tarde o Google se manifestou a respeito do problema e alegou ser uma instabilidade com o sistema de autenticação, mas tudo já teria sido corrigido e os usuários poderiam voltar ao trabalho.
Porém, esse não foi o único baque da semana. Na quarta-feira, 16 de dezembro, 10 estados norte-americanos entraram com um processo contra o Google devido ao uso ilegal dos anúncios online. Sabe aquelas propagandas aleatórias que aparecem quando você pensa que quer alguma coisa? Então, elas representam a maior parte dos lucros da empresa.
A ação multiestadual alega que o Google criou um monopólio e deixou para trás outras empresas que tentaram usar a mesma estratégia, limitando a inovação e a concorrência. Entre os processantes estão o Texas, Arkansas, Idaho, Indiana, Kentucky, Mississippi, Missouri, Dakota do Norte, Dakota do Sul e Utah.
Contudo, ele não é o único que vem sendo processado por “estratégias” monopólicas. O Facebook e outras big techs vem passando por uma temporada difícil nos últimos meses.
A “bad trip” das big techs
Segundo a FolhaMercado, newsletter da Folha de S.Paulo, os processos contra as empresas tecnológicas começaram em outubro, quando Google, Amazon, Apple e Facebook foram acusadas de abusarem do de seu poder de mercado.
No começo de dezembro, a Comissão Federal do Comércio (FTC, sigla em inglês) e outros 46 estados americanos entraram com um processo contra o Facebook por violação da lei antitruste, que garante o direito a uma concorrência justa entre empresas do mesmo setor em benefício dos consumidores. Lembra que o Mark comprou o WhatsApp, o Instagram e queria o Snapchat e quando não conseguiu o último, deu um jeito de acabar com o coitado?
Então, na época das grandes aquisições, segundo o Facebook, o FTC teria aprovado a compra dos rivais. Contudo, uma investigação de um ano mostrou que a rede social vem “mantendo seu domínio por meio de uma conduta anticompetitiva”. Segundo o órgão, tal estratégia levou a empresa a gerar um lucro de US$ 70 bilhões em 2019.
Uma das porta-vozes do Facebook alega que a lei antitruste não serve para punir empresas que têm bons resultados como o empreendimento e sim garantir a segurança dos consumidores e promover a inovação e que o Instagram e o WhatsApp só alcançaram o sucesso que possuem hoje devido aos investimentos da empresa nos aplicativos.
Mais recentemente, na terça-feira desta semana, a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda multou o Twitter por não documentar ou notificar a agência regulatória do país sobre a descoberta de uma violação de dados. O Parlamento Europeu também está estudando aprovar regulamentos mais “exigentes” que vão dificultar a vida dessas empresas.
Será o fim do “Dilema das Redes”?
Finalmente, deu Biden!
Na segunda-feira, 14 de dezembro, o Colégio Eleitoral americano confirmou Joe Biden como o 46º presidente dos EUA. A partir de agora, os votos do colégio precisam ser enviados ao Congresso, que serão contados no dia 06 de janeiro e, assim que confirmados, Biden assume a posse no dia 20 de janeiro de 2021.
Após uma longa batalha de contestações que Donald Trump impôs para rever todos os votos em estados decisivos, as urnas confirmaram o resultado a favor do democrata e os tribunais de Geórgia, Michigan e Pensilvânia negaram os pedidos dos advogados do presidente para descartar o voto popular nas cidades onde os resultados tiveram uma pequena margem de diferença.
A última esperança de Trump está na interferência da Suprema Corte, que pode reverter os resultados da campanha e trazer ao republicano um fio de expectativa de continuar na Casa Branca. O presidente indicou três juízes conservadores para o tribunal e, combinado aos outros seis, ele espera que algo seja feito a seu favor.
Porém, essa esperança não pode ser fundamentada, já que o Supremo já indeferiu dois pedidos de Trump para alterar os resultados das urnas. Nas duas ações eram solicitadas as revogações das certificações dos estados de Pensilvânia, Geórgia, Michigan e Wisconsin, locais onde o empresário perdeu. E eu aqui achando que não sabia perder direito!
De olho no dia 20
Caso seja confirmado pelo Congresso, o comitê organizador da posse do futuro presente espera receber um público limitado no evento de Biden, para evitar a disseminação do novo coronavírus. Os membros da comitiva pedem para que o público não viaje à capital para acompanhar a cerimônia e eles afirmaram que o desfile será “reinventado”.
Um dos motivos que levaram Joe a ganhar as eleições foi o seu posicionamento diante da pandemia, que já vitimou mais de mais 310 mil pessoas no país. Pelo visto, o democrata e seus acompanhantes pretendem seguir a mesma linha de raciocínio para combater o novo coronavírus.
Brasil reconhece a vitória
Após o anúncio do Colégio Eleitoral confirmando a vitória de Joe Biden, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro emitiu uma nota em nome de Bolsonaro, condecorando o democrata pela conquista. No comunicado o presidente afirma que está pronto para trabalhar com “V.Exa.” para continuar a criar a aliança Brasil-EUA.
O reconhecimento vem após um mês das eleições norte-americanas acontecerem e da imprensa estrangeira confirmar o resultado pelo Colégio Eleitoral. Além de Bolsonaro ser “muito próximo” de Trump, o brasileiro já demonstrou não concordar com o posicionamento de Biden em diversas ocasiões, como quando não quis reconhecer a vitória do democrata e afirmava que as eleições ainda não tinham acabado e também ao se emocionar, falando que poderia responder às "ameaças" contra a soberania brasileiro sob a Amazônia.
Agora é só sentar e esperar para os próximos episódios dessa série!
Fonte: BBC News | IstoÉ Dinheiro | BBC News | UOL
Bolsonaro em alta
Acredite se quiser, mas 37% dos brasileiros ainda aprovam o governo de Jair Bolsonaro. E aqui vai outro fato assustador, esse tem sido o melhor desempenho dele desde o começo do mandato, mesmo com o seu posicionamento negacionista diante da pandemia, que já matou mais de 180 mil brasileiros.
A pesquisa do Datafolha realizada entre 8 e 10 de dezembro, com 2016 brasileiros, mostra que além dos que estão gostando de viver sob o comando de Jair, 28% acredita que a situação é regular, 32% são sensatos e julgam o governo ruim ou péssimo e 3% não respondeu ou simplesmente não sabe.
A taxa permaneceu a mesma desde agosto, quando foi divulgado o último relatório, e especialistas acreditam que esse acolhimento do brasileiro se dê pela questão do auxílio emergencial, que beneficiou muitas famílias carentes durante a pandemia do novo coronavírus.
Será que o fim da corrupção também não motivou os brasileiros?
As maçãs podres do governo
Porém, se a corrupção chegou ao fim, este desfecho não atingiu os filhos de Bolsonaro. Na última semana estourou a notícia de que órgãos de inteligência do governo estavam produzindo relatórios para ajudar Flávio Bolsonaro a lidar com o esquema das “rachadinhas”.
O Caso das Rachadinhas vem sendo investigado desde que relatórios do antigo Conselho de Controle de Atividades Econômicas (Coaf), mostraram que em 2018 houve movimentações suspeitas nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. O dinheiro teria sido gerenciado enquanto o, agora senador, era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Para lidar com isso, segundo uma reportagem da revista Época, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) trabalharam juntos para produzir ao menos dois relatórios para orientar a defesa do 01 no processo das rachadinhas.
A matéria publicada pela revista aponta que o governo mobilizou agentes para inviabilizar a investigação e também supõe que existe um esquema criminosos dentro da Receita Federal para fornecer dados de Flávio a fim embasar a ação da qual vem sendo acusado.
O que Bolsonaro não faz por suas crias?
Se responsabilizar para se vacinar
Enquanto o mundo enxerga as vacinas contra o Covid-19 como uma luz no final do túnel, Jair Bolsonaro acredita que os brasileiros devem se responsabilizar por tomar o imunizante e colocar a sua vida em risco (?!?).
Mas vamos desde o início. Já conversamos aqui no por Rica Inocente em outras ocasiões sobre a politização das vacinas. Em nenhuma outra situação tivemos uma polarização tão grande em cima de um medicamento e muito menos em um cenário de pandemia.
Começando a história, o Brasil virou motivo de chacota lá fora devido a sua falta de planejamento e por não possuir um plano de vacinação, enquanto outros países já iniciaram as suas campanhas. Na segunda-feira, 14 de dezembro, o jornal New York Times publicou um artigo pontuando os problemas que o Programa Nacional de Imunizações (PNI), que já foi um dos mais renomados do mundo, está enfrentando e como isso se tornou um “caos”, que “brinca com vidas” brasileiras.
O principal problema mencionado pelo norte-americano, é claro, são as brigas políticas, principalmente do entrave entre Bolsonaro e Doria, que torna a corrida por imunizantes mais uma disputa por votos e não uma solução para a pandemia. Sem contar o negacionismo de Jair, que continua afirmando que isso não passa de uma gripezinha.
A gripezinha já levou mais de 180 mil pessoas para o túmulo! E para condecorar, o presidente falou que não vai tomar vacina “e ponto final”, que se a vida dele está em risco, o problema é dele. Engraçado que na hora de tomar medicamentos sem recomendação médica para tratar o Covid-19 e oferecer o mesmo remédio a uma ave, ele não pensou em como a “vida dele estava em risco”.
Para piorar, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está sendo tomada por militares, o que pode prejudicar a aprovação dos imunizantes para os brasileiros. Na segunda-feira, 14 de dezembro, o órgão disse que está analisando os pedidos de uso emergencial das vacinas e que terá respostas em até dez dias após a solicitação.
Eles também afirmaram que o registro em outros países para uso emergencial não irá interferir na decisão do Brasil. A CoronaVac entrou com o pedido na segunda-feira e, apesar de estar sendo produzida aqui no país, sendo testada por aqui e oferecer resultados positivos, ela é um dos maiores impasses políticos entre Bolsonaro e Dória.
E essa disputa tem sido desgastante para os brasileiros em geral. Metade quer acreditar no ídolo - Bolsonaro -, a outra metade está sendo sensata e torcendo para que a luz no final do túnel se acenda logo e alguns poucos perdidos estão apenas com medo de um medicamento que possa ser produzido por “chineses” que “criaram o coronavírus”.
O fato é que até o momento ninguém pensou em falar em como essas vacinas podem ajudar a combater a onda de pessoas mortas e infectadas.
E o termo de responsabilidade?
Outro fator que agora pode interferir na decisão de “tomar a vacina ou não” foi a brilhante ideia de Bolsonaro de anunciar que as pessoas terão que assinar um termo de responsabilidade para tomar o medicamento contra a Covid-19.
Ninguém precisou se responsabilizar pelas milhões de propagandas que ele fez da hidroxicloroquina, mas para se imunizar com um produto desenvolvido especificamente para lidar com o coronavírus, as pessoas terão que pesar na consciência se vale a pena.
De acordo com o blog da Ana Flor, do G1, a medida é para evitar que o governo seja responsabilizado de qualquer dano colateral caso os brasileiros enfrentem reações adversas depois de serem vacinados. Além de colocar esse medo na cabeça da população, Bolsonaro andou espalhando que vai assinar uma medida provisória para que a campanha de vacinação não seja obrigatória. Mais um ponto para a insensatez.
Bolsonaro também quer que as bulas dos imunizantes adquiridos pelo país, como a da Pfizer, Astrazeneca e CoronaVac, sejam divulgadas para que o público conheça os efeitos colaterais. Como se ninguém estivesse acompanhando esta novela a meses, criticando e comemorando os resultados.
Porém, especialistas no assunto afirmam que o tal do termo vai contra as leis e aqui vamos falar sobre três dos principais motivos:
A Lei do Coronavírus, estabelecida pelo próprio presidente, coloca a vacinação como uma medida de combate ao coronavírus;
A saúde é um dever do Estado, por isso temos o SUS atendendo a toda a população brasileira, sendo assim, a imunização é um direito de todos;
A Anvisa está aí para ser responsabilizada, uma vez que ela tem que analisar e aprovar os medicamentos que circulam no país;
E esses três tópicos não são os únicos que provam que a decisão de Bolsonaro é totalmente fora da curva. A sacada é só uma jogada política para tentar provar o seu ponto de que a pandemia não existe.
Quando ele vai se cansar de colocar nossas vidas em jogo?
Parecer jurídico
Como as crianças não se resolvem, a mãe “Supremo Tribunal Federal” julgou nesta semana questões relacionadas à vacinação. No dia 13, o STF já tinha estipulado um prazo de 48 horas para o Ministério da Saúde entregar um plano nacional de vacinação já que o Brasil não foi capaz de fazer isso, em meio a uma pandemia e com possíveis vacinas para serem aprovadas.
Mas além disso, o STF analisou a obrigatoriedade da imunização da população, se os pais devem barrar seus filhos menores de idade de se vacinarem por questões religiosas, filosóficas ou morais (isso foi negado, os pais vão precisar vacinar seus filhos, independente da crença) e se a CoronaVac deve ou não ser comprada pelo governo federal (isso é hilário).
Plano de vacinação
Para começo de conversa, o plano já começou todo errado. No sábado, 12 de dezembro, o Ministério da Saúde apresentou uma versão do plano nacional de vacinação. Até aí, estava tudo certo. Porém, na noite do mesmo dia, uma nota surgiu criticando o planejamento, já que ele contava com uma lista de nomes de pesquisadores que não analisaram o plano antes da publicação.
O que acontece: esses cientistas faziam parte do comitê que assessorou a pasta no desenvolvimento do plano, porém a versão apresentada ao público não foi passada a eles e os nomes estavam lá como se todos estivessem adorando a ideia que foi proposta. Claro que os pesquisadores não ficaram felizes com isso e se manifestaram a respeito.
Para completar a história, no domingo, o ministério afirmou, por meio de uma nota, que eles participaram da comissão mais com um “cunho opinativo" e que eles não tinham “qualquer poder de decisão”. Qualquer um ficaria revoltado!
Mas não para por aí. Para cumprir com o prazo estipulado pelo STF e entregar o plano em até 48h, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, fez uma nova reunião com pesquisadores para formular o Plano Nacional de Imunização (PNI) e esse encontro teve um resultado interessante. Os especialistas presentes não puderam dar opiniões sobre o planejamento e seus microfones foram silenciados, e eles só poderiam dar suas considerações por escrito ou fazer perguntas.
E adivinha, o plano foi apresentado na quarta-feira, 16 de dezembro! O cronograma inclui novos grupos prioritários e a também cita a CoronaVac como um dos imunizantes a serem utilizados para vacinar a população. Esta nova versão não inclui os cientistas que foram mencionados na primeira apresentação.
O planejamento também prevê a imunização de 49,6 milhões de pessoas em três etapas, além do termo de responsabilização para quem “escolher” ser vacinado. Porém, ainda não há data para iniciar a campanha. Pazuello vem falando em uma imunização depois da aprovação de uso emergencial e o adiantamento de algumas doses por parte da Pfizer, mas nada muito palpável até então.
Vacina é mais barata do que o auxílio
Esta é a conclusão lógica que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chegou nesta semana. Em um fórum com investidores estrangeiros, na terça-feira, 15 de dezembro, ele afirmou que é mais barato investir nas vacinas do que continuar pagando o auxílio emergencial.
O governo federal estima que o pagamento do auxílio já chegou aos R$ 321 bilhões, enquanto as despesas previstas com a vacinação estão cotadas em cerca de R$ 25 bilhões.
Assim, nunca vi um bilhão da minha vida, mas creio que essa diferença descrita acima seja muita coisa para os cofres públicos.
EUA inicia sua campanha de vacinação
E para encerrar este assunto, os EUA começaram a imunizar os americanos.
A vacina utilizada nessa primeira leva tem sido as doses da Pfizer, a mesma que foi aderida na Inglaterra e que está prevista para ser distribuída no Brasil. O plano envolve imunizar 21 milhões de profissionais de saúde e mais 3 milhões de idosos em casas de repousos.
Segundo os médicos do National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID), agência de saúde do governo americano, o restante da população, que não se enquadra nos descritos na primeira onda de vacinação, deve receber os imunizantes a partir de abril. O secretário de saúde de Trump, Alex Azar, prevê que de fevereiro a março, os americanos poderão encontrar as vacinas nas farmácias e redes de supermercados como CVS e Walmart.
A campanha, que começou na segunda-feira, 14 de dezembro, é vista como um alívio para a população de um país que já perdeu tanto neste ano.
E eles não são os únicos. Até o final desta semana, a Rússia, o Reino Unido, o Canadá e a Arábia Saudita já tinham iniciado ou dado continuidade a sua campanha de vacinação.
Os próximos a aderirem a imunização devem ser o México, que aprovou o uso emergencial da Pfizer; Portugal, que quer começar a distribuir os medicamentos em janeiro; Turquia, que vai aderir a CoronaVac; Bahrein, que também vai ficar com a vacina norte-americana desenvolvida em conjunto com a BioNTech; e a Argentina, que assinou um contrato com a Rússia e deve receber as doses da Sputnik V até o final do ano.
Viu, todo mundo vai ser vacinado, menos você, porque seu governo não consegue elaborar um plano eficaz de vacinação :)
Fonte: IG | UOL | DW | UOL | UOL | G1 | BBC News | UOL | Estadão | IG | G1 | IG | G1 | CNN Brasil | G1 | G1
Uma vitória para a educação
Lembra quando falamos do Fundeb por aqui?
Você pode ler sobre ele aqui, mas vamos relembrar os pontos principais: ele é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação e funciona como um cofre que reúne e distribui todos os investimentos voltados para a área do ensino, independente do nível escolar.
A Emenda terminaria no final de 2020 e caso uma nova proposta não fosse aprovada, a área da educação estaria com sérios problemas em 2021. Contudo, na terça-feira, 15 de dezembro, o Senado aprovou uma versão do projeto, que vai garantir a continuidade do investimento nas escolas públicas.
Porém, a versão aprovada possui algumas alterações que haviam sido embutidas no texto pela Câmara dos Deputados. No documento, cerca de R$ 16 bilhões da verba seria retirada das escolas públicas e repassada a outros sistemas de ensino, deixando de valorizar justamente as instituições para a qual o Fundeb foi criado para proteger.
Em agosto o fundo já tinha conquistado algumas vitórias importantes, como deixar de ser um simples projeto e passar a ser uma emenda Constitucional, sem uma data de expiração, como era o caso da que estava em atividade.
Nesta quinta-feira, a Câmara dos Deputados voltou a analisar o projeto e aprovou o regulamento do novo Fundeb, sem a parte de retirar verba para destinar a outras instituições escolares. Agora o texto vai para Jair Bolsonaro aprovar por definitivo e é aqui que todos ficam tensos.
Os próximos passos se resumem basicamente a rezar para o projeto passar ileso e garantir o futuro das nossas crianças.
Desigualdade no Brasil em números
A newsletter da Folha de S. Paulo trouxe uma matéria na manhã de quinta-feira falando sobre a desigualdade no Brasil. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), oito cidades do Brasil respondem por quase um quarto do Produto Interno Bruto (PIB), sendo as principais São Paulo (10,2%), Rio de Janeiro (5,2%) e Brasília (3,6%).
Além disso, o relatório aponta uma “concentração de riqueza” com apenas 71 municípios do Brasil sendo responsáveis pelo patrimônio produzido no país. O número representa 1,3% das 5.570 cidades brasileiras. Fora que 49% delas tem como principal atividade econômica o serviço público.
Os dados mostram que há uma grande aglomeração de pessoas em grandes cidades ou capitais, descentralizando a distribuição econômica, o que torna o país tão desigual.
Mas fala uma coisa que a gente não sabia!
Fonte: Folha de S. Paulo
Aprovação da Lei de Diretrizes orçamentárias
Por último, mas não menos importante, na quarta-feira foi aprovado o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021. O texto estabelece regras básicas para colocar em prática o orçamento do próximo ano, incluindo previsões de receitas e despesas que possam vir com os próximos meses.
Caso a lei não tivesse a aprovação do Congresso Nacional, algumas transações financeiras do governo federal, como salários e aposentadorias, seriam bloqueadas até a liberação do projeto.
Entre os pontos que foram tratados no texto está o salário mínimo para o próximo ano, estimado em R$ 1.088, como se o aumento de R$ 43 fosse bom para alguém, e a estimativa de um déficit primário de R$ 247,1 bilhões. O plano não define um valor para lidar com a vacinação contra o Covid-19 ou para medidas de combate à pandemia.
Fonte: G1
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