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Foto do escritorpor Rica Inocente

Viver às cegas lidando com Bolsonaro e suas vacinas politizadas

Amapaenses vivem a pior crise de suas vidas, Trump faz birra na Casa Branca, coronavírus avança e Jair continua com suas declarações bizarras

Observamos o mundo registrar o aumento de novos casos enquanto não entendemos se vivemos a primeira ou a segunda onda (Foto: Unsplash)
Observamos o mundo registrar o aumento de novos casos enquanto não entendemos se vivemos a primeira ou a segunda onda (Foto: Unsplash)

O final da semana dá as boas-vindas ao Resumo da Semana!


O por Rica Inocente vem falar com vocês sobre os últimos acontecimentos que assolaram a população, como a luz que não volta nunca mais ao Amapá, a batalha eterna de Bolsonaro com as vacinas, o aumento dos casos do Covid-19 mundo afora, a vitória de Biden e a preparação para os segundos turnos das eleições municipais.


Por isso, você precisa ler esse texto até o fim!


Acabou a luz!

O estado do Amapá vive a maior crise energética já vista nos últimos anos. No dia 03 de novembro uma forte chuva causou a explosão de três transformadores numa das subestações mais importantes do estado, localizada em Macapá.


Com isso, o fornecimento de energia de 13 cidades, das 16 do estado, ficaram no escuro, prejudicando a distribuição de água, compra e armazenamento de alimentos, serviços como internet, telefone e outros atendimentos que foram interrompidos com a queda da energia.


A distribuição parcial de luz voltou no dia 07 de novembro, mas a terça-feira desta semana, 17 de novembro, ocorreu uma nova queda de energia. 90% da população do estado foi afetada e até então, a solução mais plausível da empresa responsável pela energia do estado, a Eletronorte, é instalar geradores termelétricos para atender os municípios afetados pelo apagão.


Porém, os aparelhos devem começar a funcionar apenas amanhã, 21 de novembro. Tecnicamente, os geradores vão suprir as necessidades deixadas pelos transformadores que foram queimados da principal subestação. O porta-voz da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), pede que a população tenha “paciência”.


Claro, deve ser bem fácil viver por 17 dias com um fornecimento precário de energia, onde você não pode trabalhar, armazenar seus alimentos ou realizar qualquer outra atividade que exija a luz.

Para se ter uma noção da calamidade, a notícia de que o Amapá estava às cegas demorou a repercutir na mídia, que na época estava imersa nas eleições norte-americanas. O governo federal afirmava que a luz já tinha sido restabelecida, quando na verdade, no dia 7 de novembro, eles começaram um rodízio de energia para 89% do estado, fornecendo energia de 3 em 3 horas e depois de 4 em 4 horas.


Por outro lado, os geradores que vão começar a funcionar amanhã, junto com o combustível que é a fonte de alimentação do equipamento, é uma contratação do governo federal para “lidar” da melhor forma com a situação.


O apagão causou diversas dores de cabeça ao estado. As eleições municipais em Macapá foram adiadas, para o dia 06 de dezembro. As outras cidades do estado iriam às urnas antes da capital.


No começo do apagão, no dia 06 de novembro, a população foi às ruas para protestar e cobrar o retorno da energia e a responsabilização dos culpados. No dia seguinte a Justiça Federal determinou um prazo de três dias para restabelecer a luz para todo o estado, sob pena de multa. Mas isso não adiantou muito.



Fonte: G1 | G1


Finalmente, deu Biden

Após quatro dias de plena agonia, a apuração dos votos norte-americanos apontou que Joe Biden lideraria a superpotência nos próximos quatro anos. Com uma disputa acirrada e marcada por muitos plot twists, com mudanças coloridas no último minuto, o democrata conquistou os votos e os delegados necessários para ocupar a Casa Branca.


Claro, como a criança birrenta que é, Donal Trump não deu os parabéns ao concorrente e ainda não aceitou a derrota, principalmente nos estados que garantiram sua vaga em 2016, o que levou ele a afirmar que as eleições foram fraudadas e que os votos devem ser recontados.

Por outro lado, o portal BBC News pontuou algumas das razões que levaram Biden a Casa Branca. Entre eles estava a postura firme do democrata em relação ao combate ao Covid-19, o investimento alto que sua campanha teve, possibilitando a propaganda eleitoral nos estados de maior peso na balança e sua posição centrista, não pendendo para a direita ou à esquerda.


O novo comando americano vai causar alguns impactos internacionais, principalmente aqui no Brasil, onde o nosso querido Jair Bolsonaro ainda não quer reconhecer a derrota do seu melhor amigo, Donald Trump.


Biden terá que reconstruir algumas parcerias internacionais, retomar a confiança de outras nações e estabelecer novos acordos para lidar com a zona que Donald deixou para trás. Entre eles, a relação com o Brasil.


O que muda para o Brasil?

Bolsonaro ainda se recusa a aceitar que Biden vai tomar posse no dia 20 de janeiro. Ele segue afirmando que vai aguardar as “investigações” das “fraudes eleitorais” cometidas nos EUA. Ele está tão convicto disso que se reuniu com assessores internacionais para saber a possibilidade de Trump reverter a sua derrota. Hilário.


Desde que subiu ao Palácio do Planalto, o presidente do Brasil demonstrou um amor incondicional pelo magnata americano, colocando o país nas suas mãos e fechando acordos bizarros de ridículos, tidos como “alianças” de amizade entre os países.


Biden terá que usar todo o seu jogo de cintura para acalmar os ânimos de Bolsonaro, apesar de já ter deixado algumas coisas bem claras. O democrata afirmou que não irá isolar o Brasil, mas que irá impor algumas medidas para tornar a relação mais amigável e, uma delas, é o trato do governo brasileiro com as políticas ambientais.


Esse é um dos motivos que tirou o governante brasileiro do sério, que não quer perder a soberania sob a Floresta Amazônica. Mas é verdade Bolsonaro, o que seu governo tem feito para diminuir o desmatamento?


O novo eleito americano tem uma bandeira bem fixa quando se trata de questões ambientais e muitos dos seus projetos de governo estão voltados para esta pasta. A verdade é que o Brasil terá que entrar na dança, ou vai perder um aliado político e comercial, o que não é nem um pouco vantajoso para o país, em vista os embargos que irá sofrer.


Está na hora de Bolsonaro acordar para o mundo real!


Sofrimento de Trump

É hilário vim falar disso, mas Trump se recusa a aceitar que perdeu as eleições de 2020 (risos). Para ele é mais fácil mover diversos processos judiciais para a recontagem de votos, pois segundo ele, tudo foi fraudado, inclusive os votos por correios, que desde o começo do ano vem sendo questionado pelo republicano.


Durante a vitória de Biden, Trump estava jogando golfe, calmo e pleno, como se permanecesse no comando. Repetiu a dose no dia seguinte.


Sua posição de negação levou líderes do Partido Republicano a repetirem a mesma birra, não reconhecendo a vitória do democrata. Quero só ver quando chegar o da 20 de janeiro e Biden tomar posse da Casa Branca. Será que vamos presenciar um dos maiores memes mundiais, com Trump se recusando a desocupar a casa em Washington?


A coisa está tão séria que na semana passada, dia 10 de novembro, o secretário de estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou em entrevista coletiva que “haverá uma transição tranquila para uma segunda Administração Trump” (?!?), se o jornalistas da coletiva ficaram impressionados, imagina o restante do mundo que estava lá dando os parabéns para o Biden.


E para piorar a situação, não é exigido por lei que o magnata reconheça a sua derrota para o ex-vice de Obama. A piada tá vindo pronta e acredito que todos estão animadas com o dia da posse oficial!


Atualização de última hora …

As novidades de última hora estão se tornando corriqueiras por aqui, mas essa é tão emocionante que vale falar: a recontagem de votos na Geórgia, nos EUA, confirmou a vitória de Biden (risos).


No estado, como a margem percentual estava muito próximo entre os números de votos de Biden para Trump, por lei, o derrotado pode pedir a recontagem. Mas a análise só confirmou a vitória e enfatiza que Joe passa a ser o primeiro democrata a vencer nesse estado desde 1992.



E as eleições municipais?

No último final de semana, 15 de novembro, as cidades do Brasil foram às urnas (menos Macapá), para eleger seus prefeitos e vereadores.


57 municípios vão para o 2º turno, mas até lá, vamos ver algumas curiosidades do último domingo:


Campinas

Na querida cidade de onde por Rica Inocente produz conteúdo foram registrados 3,84% de abstenção dos votos, 7,06% brancos e 11,86% de escolhas nulas. Além disso, os cidadãos não tiverem dificuldades em lidar com as medidas de segurança definidas devido o novo coronavírus.


No final do dia, a cidade escolheu dois prefeitos para ir para o segundo turno:

  • Dário Saadi com 25,78% dos votos válidos;

  • Rafa Zimbaldi com 21,86% das escolhas;

Quanto aos vereadores, 924 candidatos disputavam essa vaga, mas a Câmara Municipal de Campinas só disponibiliza 33 cadeiras para serem ocupadas. Dito isso, os representantes do Legislativo que receberam mais votos foi Mariana Conti (10.886), Higos Campo Grande (7.670), Marcelo Silva (6.858), Fernando Mendes (6.539), Rodrigo da Farmadic (6.493) e Filipe Marchesi (5.605). Os outros candidatos eleitos você pode conferir aqui.


Candidatos Bolsonaristas

Uma das campanhas que mais víamos durante a corrida eleitoral eram os candidatos que recebiam apoio de Bolsonaro ou se apoiavam no seu discurso para angariar os fãs do presidente do país.


Dentre os candidatos indicados pessoalmente por Jair para prefeito, cinco dos sete apoiados não chegaram nem ao segundo turno. Quanto aos vereadores, dos cinco recomendados por Bolsonaro, apenas dois conquistaram ao cargo.


De acordo com o TSE, 78 pessoas usaram o nome de Bolsonaro na urna em 24 estados do Brasil. Destes, apenas um foi eleito, que no caso foi o próprio filho de Jair, Carlos Bolsonaro que garantiu por mais quatro anos o seu mandato.


O desempenho dos “bolsominions” foi um vislumbre do que está por vir nas eleições de 2022 e é uma perda expressiva para Bolsonaro.


Demora na apuração

De tanto zoar os EUA, a apuração dos votos no último domingo teve um atraso devido a um ataque hacker no sistema do TSE.


Por um momento, todos nos sentimos em um dos estados americanos, contando pontinhos para decidir quem tomaria a Prefeitura e a Câmara Municipal nos próximos quatro anos. Mas não foi nada disso.


Durante o final da tarde e ao longo da noite do domingo, 15 de novembro, houve instabilidade no aplicativo e-Título, ataques cibernéticos, atraso nas divulgações e vazamento de dados. Especialistas afirmam que os problemas técnicos afetaram apenas os serviços técnicos, não os votos.

Segundo uma investigação da ONG SaferNet, em parceria com o Ministério Público Federal, os ataques faziam parte de um plano para desacreditar o sistema da Justiça Eleitoral e, se possível, alegar fraude ou resultado incorreto para os candidatos.


É importante ressaltar que o sistema de votação ocorre de forma off line e fica separado do sistema que foi invadido. Os ataques apenas “pesaram” o site - o que causou a lentidão no app e no portal - divulgaram documentos antigos e outros bugs.


O que você precisa saber para o 2º turno?

No dia 29 de novembro vamos passar novamente por essa pequena aventura. Então aqui vão algumas informações para se preparar:

  • se você não votou no primeiro turno, fica tranquilo, você pode ir às urnas normalmente no segundo, pois a Justiça Eleitoral considera cada turno como uma eleição única;

  • mas se mesmo assim, optar por não votar, você deve justificar a ausência no prazo estipulado pelo TSE e, caso não faça isso, você terá que pagar uma multa de R$ 3,52 para cada turno que não apareceu;

  • 57 cidades brasileira vão levar a disputa para a próxima fase. Duas cidades do Rio de Janeiro estão sob análise, pois os candidatos mais votados estão “sub judice”, quando as candidaturas estão indeferidas mas ainda ocorrem;

  • quanto às medidas de segurança, os cuidados vão permanecer o mesmo: uso obrigatório de máscaras, álcool em gel e levar a própria caneta para assinar um livro;

  • as zonas eleitorais vão funcionar das 7h às 17h, sendo que das 7h às 10h é preferencial para idosos e pessoas do grupo de risco;


Fonte: G1 | G1 | G1 | BBC News | G1 | Tilt UOL | G1 | G1 | por Rica Inocente


O dilema das vacinas

Na terça-feira passada, 10 de novembro, Bolsonaro reacendeu a trama das vacinas desenvolvidas para combater o Covid-19, mais diretamente a CoronaVac, anunciada por ele como “Vacina chinesa”. Jair celebrou a suspensão dos testes do imunizante e usou a situação para se promover contra o governador de São Paulo, João Doria.


Depois de um anúncio dos pesquisadores da CoronaVac, de que um dos pacientes sofreu um “evento adverso grave”, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mandou interromper os testes. Após algumas investigações, foi descoberto que o voluntário que teve “problemas com a vacina” teria se suicidado.


É isso, Bolsonaro se vangloriou em cima de um suicidio. Mas não foi a única fala polêmica dele nas últimas semanas. Além de politizar um medicamento que pode salvar a vida de milhões de brasileiros, Jair tem usado seu tempo de encontros públicos para inflamar discussões que para todos nós já haviam sido superados.


O que Bolsonaro vem falando?

É tanta coisa que vamos relembrar as falas mais recentes através de uma cronologia:

  • no final de outubro, durante uma das suas viagens políticas ao Maranhão, Jair experimentou o famoso Guaraná Jesus, que possui o líquido cor-de-rosa. Depois disso, foi as suas redes sociais afirmar que “virou boila” por experimentar a iguaria. Com a péssima repercussão da sua fala, o presidente voltou em uma das suas tradicionais transmissões ao vivo para pedir desculpa e afirma ter sido mal interpretado, pois era apenas uma brincadeira;

  • já na semana passada, 10 de novembro, depois de ter comemorado a interrupção dos testes da CoronaVac, ele declarou, durante um discurso no Palácio do Planalto, que o Brasil tem que “deixar de ser um país de maricas” e enfrentar a pandemia de “peito aberto”. Naquela manhã os dados mostravam que 162,6 mil pessoas morreram devido ao novo coronavírus;

  • no mesmo evento ele tentou desacreditar mais uma vez o Covid-19 e afirmou novamente que “todo mundo vai morrer” e que” tem que acabar com esse negócio” de pandemia;

  • e como se o menosprezo pela vida alheia já não fosse o suficiente, na mesma fala do “país de maricas”, ele reconheceu que sua declaração é um “prato cheio para a imprensa” e chamou os jornalistas de urubuzada. Um verdadeiro deleite;

  • para condecorar a sua semana de falas mal pensadas, ele afirmou, NO MESMO EVENTO, em indireta a Biden, que “quando acabar a saliva, tem que ter pólvora”, ao relembrar que Biden quer impor algumas barreiras comerciais contra o país caso o governo Bolsonaro não adote políticas ambientais que protejam a Amazônia. A declaração foi um prato cheio para os memes que mostraram a “força bélica” do Brasil;

Na verdade, Jair usou de um único evento para espalhar todas as suas falas sem critérios e esse foi o resultado obtido.


Fonte: El País | UOL | G1 | G1 | G1


Ponto fraco de Bolsonaro

E já que as vacinas deram start no tópico anterior, vamos falar de como andam os testes, as produções e as negociações para imunizar a população.


Nessa última semana vimos alguns anúncios de farmacêuticas que apresentam resultados favoráveis de suas vacinas. A Pfizer e BioNTech anunciou na quarta-feira, 18 de novembro, que o seu imunizante tem 94% de eficácia entre pessoas com mais de 65 anos.


Pouco antes, a empresa Moderna apresentou dados preliminares de que o seu medicamento oferece uma eficácia de 95% e os responsáveis pela Sputnik V, a vacina russa que causou polêmica a alguns meses atraś, divulgaram informações similares à da Moderna.


Quanto a queridinha do Bolsonaro, os cientistas afirmam que ela é segura e consegue produzir anticorpos em 97% dos casos testados.


Entretanto, quem está oferecendo uma proposta ao governo brasileiro é a Pfizer, que quer fechar um contrato para comercializar o medicamento no país. A empresa anunciou que vai trabalhar junto com a Anvisa para apresentar todos os dados necessários e garantir a licença para a vacina ser comercializada por aqui.

Contudo, não podemos se animar com esses anúncios. Muitos dos dados apresentados até então são preliminares, sem contar que para que a vacina chegue a todos, muitas questões logísticas devem ser consideradas e estruturadas.


A corrida por uma solução viável é a mais avançada de todas. Normalmente, uma vacina leva anos para ser estudada, desenvolvida, testada, analisada e apresentar os dados que comprovem a sua eficácia. Existem diversas fórmulas de imunizantes, mas todos eles devem passar pelo mesmo processo.


E mesmo assim, é preciso reforçar que até o medicamento alcançar toda a população, vai demorar alguns meses, talvez anos, e por isso devemos adotar as medidas de segurança e distanciamento para conter a nova onda que parece estar surgindo.


Segunda onda ou resquícios da primeira que nunca acabou?

Enquanto o governo debate a liberação ou não das vacinas, o Brasil busca entender se já entrou na segunda fase do Covid-19 ou se ainda lida com a primeira, que foi tratada de forma esdrúxula, afinal retomamos as atividades corriqueiras como se já tivéssemos superado o novo coronavírus.


Um levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), relacionando ao Ministério da Saúde, apurando registros de casos de síndrome respiratório aguda grave (SRAG), mostra que houve um aumento de pacientes internados com problemas respiratórios em 15 estados brasileiros.


Os números analisados são de 8 a 14 de novembro e essa é uma das pesquisas mais precisas, pois a fundação monitora a situação da doença no país. Também é possível analisar relatos e dados oficiais de que hospitais públicos e privados estão com alta lotação dos leitos. Isso se dá em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e São Luís.


O médico infectologista e membro do Centro de Contingência do Coronavírus, David Uip, fez um alerta nesta quarta-feira para o aumento de 18% do número de internações no estado de São Paulo. O portal da Fundação Seade mostra um crescimento de 29,5% de novos casos do coronavírus em comparação ao começo do mês.


Contudo, os especialistas ainda não sabem dizer se o brasileiro sofre com a primeira onde de infecção do novo coronavírus ou se alcançou a segunda onda, o que é o caso de outros países. Aqui no Brasil, o Covid-19 sempre foi tratado com muito desdém, mesmo na época em que batia recordes diários de morte.

Os estados colocaram em práticas planos de reabertura imaturos e hoje estamos colhendo os resultados dessas medidas precipitadas.


De acordo com os dados desta manhã, o Brasil conta com 5.983.100 infectados e 168.141 óbitos pelo novo coronavírus. A média móvel dos últimos sete dias foi de 544 mortes, o que representa um aumento de 54% de vidas perdidas em comparação com as duas últimas semanas.


A cidade de Campinas também tem os seus números, com 40.981 pacientes e 1.351 registros de mortes. As informações foram divulgadas na noite de ontem, 19 de novembro.


E você sabe o que está sendo feito para contornar essa situação? O Ministério da Saúde registrou uma queda do total de testes para diagnóstico da Covid-19. A identificação das pessoas contaminadas é o principal fator para determinar estados e regiões com mais casos e tomar as medidas de contenções necessárias.


Especialistas acreditam que o país deveria estar na sua fase de testagem em massa, para rastrear a origem dos contaminados e deter o avanço da pandemia. Mas aparentemente essa não é a prioridade do governo por aqui.


Coronavírus lá fora

Mas mesmo tomando medidas mais radicais, muitos países estão sofrendo com os novos recordes de mortes por coronavírus. Segundo os dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins, no dia 18 de novembro, quarta-feira, o mundo bateu um novo patamar de mortes diárias, contabilizando 11.274 óbitos.


Essa foi a quarta vez no mês que o portal apresentou mais de 10 mil mortes em 24 horas. O mundo já passa dos 1.362.191 mortes e quem domina o ranking são os EUA, com mais de 250 mil óbitos.


A taxa de infecção por dia também registrou um salto. O levantamento aponta mais de 600 mil casos por dia. A humanidade já contabiliza 56.991.301 pacientes pelo novo coronavírus. O Brasil está no top 2 de países com mais mortes, acumulando 168.141 vidas perdidas.


A África, como todos já devem imaginar, enfrenta a mesma crise que o restante do mundo. O continente com, 1,3 bilhão de habitantes, representa 4% dos infectados do planeta. O país mais afetado é a África do Sul, com 20 mil mortes e 750 mil casos. Ao todo, a união já ultrapassou os 2 milhões de casos, mais 48 mil mortes.


O velho continente não passa longe. Nessa semana a união europeia foi responsável pela metade dos 4 milhões de novos casos de Covid-19 ao redor do mundo. Apesar disso, o número é menor do que o apresentado na semana passada e foi graças às medidas de restrições que alguns governos estão tomando para evitar a nova disseminação.


Quem diria que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tinha razão quando falava que o descuido do isolamento e das medidas de segurança levariam a uma nova onda de infecção.


Fonte: G1 | G1 | BBC News | UOL | G1 | Exame


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