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Foto do escritorpor Rica Inocente

Mandar seu filho para a escola ou virar um jacaré: qual a melhor opção?

Entre o cancelamento do carnaval, das aulas presenciais e o fim da corrupção, como o Brasil vem se saindo no teste de sobrevivência

*Foto ilustrativa para dizer que dias melhores estão por vir, só que esses dias estão bem lá na frente* (Unsplash)
*Foto ilustrativa para dizer que dias melhores estão por vir, só que esses dias estão bem lá na frente* (Unsplash)

Mais uma semana se encerra e não podemos deixar de apreciar um bom Resumo da Semana!


Entre a volta às aulas fracassadas e as variantes do novo coronavírus, o Brasil nunca deixa de nos impressionar. Por isso, o por Rica Inocente também não pode parar :)


Para ficar por dentro de tudo o que aconteceu nos últimos dicas, segue o texto até o final:


Aposta de Bolsonaro

Na quarta-feira, 03 de fevereiro, a Câmara e o Senado elegeram seus novos representantes.


Os candidatos à empreitada eram, para a Câmara dos Deputados, Baleia Rossi - indicado pelo até então presidente da Casa, Rodrigo Maia -, e Arthur Lira - favorito de Jair e também de parte dos candidatos do centrão. Para o Senado, os concorrentes eram Rodrigo Pacheco e Simon Tebet.

Mas vamos noticiar as desgraças por parte. Quem levou a disputa pelo Congresso Nacional, e vai comandar o Senado pelos próximos dois anos, foi Rodrigo Pacheco. O político era a indicação de seu antecessor, Davi Alcolumbre. A proximidade dele com os outros integrantes do Congresso, e também com o próprio presidente, assegurou a sua vitória.

Mas a coisa fica pior. Se não bastasse o controle de Jair do Congresso, ele agora é dono da Câmara dos Deputados. O presidente eleito para comandar a Casa é o deputado Arthur Lira, a grande aposta de Bolsonaro. Um dos principais motivos de Bolsonaro transformar Lira no seu novo melhor amigo é o fato da Câmara possuir 64 peças protocoladas de impeachment contra o presidente.


Quem decide aceitar ou arquivar os requerimentos é, agora, Arthur Lira! Rodrigo Maia teve dois anos para lidar com isso e, infelizmente, não será dessa vez que vamos comemorar o #ForaBolsonaro.


Sem contar que corremos o risco de enfrentar o #Bolsonaro2022

A que pé estamos?

Agora que há uma mudança no comando da Câmara e do Congresso, alguns projetos de governo têm esperança de sair do papel e alçar voo para atormentar a vida dos brasileiros.


Um deles é a Reforma Administrativa que está aguardando um andamento desde setembro de 2020. A nova proposta prevê:


  • estabelecer a meritocracia;

  • igualdade no serviço público;

  • ajustar a economia brasileira;

  • oferecer serviço de qualidade ao público;

  • dar mais autonomia à presidência para editar decretos;

  • e alguns outros pontos, que podem ser conferidos aqui.


Mas o ponto aqui é que na segunda-feira desta semana, Lira - o mais novo melhor amigo de Bolsonaro -, afirmou que enviaria a PEC para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça, e enviou. Contudo, a CCJ não está trabalhando e os responsáveis devem voltar às atividades após o feriado de Carnaval.


Por fim, para a proposta ser aprovada, ela precisa ser aceita pelos deputados e senadores, só depois da votação ela passa a ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), interferindo na vida de futuros funcionários públicos.



Quem já virou um jacaré?

De acordo com os dados oficiais, ninguém! Mas segundo um consórcio de veículos de imprensa - reunindo o G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL -, o Brasil já vacinou mais de 4 milhões de pessoas.


Os dados do dia 11 de fevereiro mostram que 4.584.338 pessoas receberam a primeira dose da vacina e que a segunda já foi injetada em 108.735. Porém esses números são baixos em comparação ao tamanho da população. Só da aplicação da 1º vacina, o número representa apenas 2,16% dos brasileiros.


As informações estão sendo colhidas das secretarias de Saúde pelos veículos e estão sendo acompanhadas desde o dia 21 de janeiro.


Unidos Pela Vacina

E não é só a gente que está ansioso para se tornar um jacarezinho. A Luiza Trajano, mãe da Magazine Luiza, anunciou na segunda-feira dessa semana o projeto “Unidos Pela Vacina”.


A iniciativa tem como objetivo influenciar empresários a se engajarem com o projeto e resolverem problemas do processo, como a falta de insumos para a produção de vacinas, seringas, agulhas ou a dificuldade de transporte dos imunizantes. O intuito é que o projeto facilite a distribuição dos imunizantes a todos os brasileiros até setembro.


Enfim, um ponto positivo.


Variantes da Covid-19

Mas de nada vai adiantar se o novo coronavírus não parar de se espalhar e conquistar novas mutações. Até agora já foram descobertas três variantes do Covid-19. Uma foi no Reino Unido, uma na África do Sul e outra aqui no Brasil.


Mesmo sendo normal um vírus sofrer mutações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está em alerta, pois essas novas versões podem acabar não sofrendo nenhum impacto com as vacinas desenvolvidas para conter a pandemia.


Especialistas identificaram a nova cepa do vírus presente no Amazonas, chamada de P.1, em brasileiros que estavam em Manaus e foram para o Japão. A OMS identificou que essa variante tem potencial para afetar a capacidade da vacina em garantir a imunidade contra a doença.


Por causa dessas mutações, as vacinas tiveram suas eficácias reduzidas, mas mesmo assim elas ainda são capazes de induzir resposta imune, forçando nosso sistema imunológico a expurgar o vírus. Para combater as variantes e reduzir a contaminação é necessário ampliar a quantidade de doses disponíveis - de diferentes farmacêuticas - e aumentar o ritmo das vacinações.


3ª onda do Covid-19

E, para piorar a situação, a equipe de cientistas que previu o segundo colapso na saúde em Manaus, agora vê uma terceira onda do novo coronavírus se aproximando. Eles acreditam que o Amazonas corre o risco de espalhar a crise para outros estados caso as autoridades não imponham restrições mais rígidas, como um lockdown.


Contudo, o problema é que mesmo com isolamentos parciais, Manaus, o epicentro do caos, sofre pressões para a reabertura da cidade. Mesmo operando desta forma, o estado enfrenta uma das piores situações já vistas no país.


Os profissionais que fizeram essa estimativa publicaram um artigo na revista científica Nature, em agosto do ano passado. Os mesmos cientistas vão preparar um novo artigo nos próximos dias com projeções para 2021.


Torcendo para a situação não piorar.



Já se preparou para o bloquinho?

Infelizmente, não será neste ano que você vai se aventurar pelos bloquinhos de São Paulo. Devido ao aumento dos casos do Covid-19, mesmo com a aplicação dos imunizantes, muitos estados optaram por cancelar os dias de folia que são tão aguardados por todos os brasileiros.


Mas, se por outro lado a gente se diverte tanto, por outro, o Carnaval também é fonte de renda e sustento de muitas pessoas nessa época do ano. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a estimativa é que o cancelamento do feriado neste ano resulte em uma perda de R$ 8 bilhões na economia e uma perda de 25 mil empregos temporários.


Mas vamos pensar que isso é para uma boa causa, já que a pandemia ainda está aí e a vacina vai demorar para chegar a todos.



“Fim da corrupção”

Agora é oficial, a corrupção acabou no Brasil! Ou pelo menos é isso que os Bolsominions de plantão querem que a gente acredite depois que a força-tarefa da Lava Jata anunciou o seu fim na segunda-feira desta semana, 08 de fevereiro.


De 2014 a 2020 a operação foi responsável por desmascarar a maior rede de corrupção do Brasil, com mais de 120 delações premiadas, multas milionárias para ressarcir os cofres públicos, sem contar as prisões de políticos renomados, como o ex-presidente Lula. Apesar das acusações dele estarem sendo revistas por causa do posicionamento ideológico do ex-juiz Sérgio Moro e do procurador, Deltan Dallagnol.

Um dos principais motivos para o fim da operação é a transferência da maior parte dos profissionais envolvidos nas investigações para outros grupos de atuação especial.


O fim da Lava Jato é uma das maiores “conquistas” de Bolsonaro, que construiu sua campanha em cima dos desdobramentos da operação.


Fonte: G1 | Veja


Volta às aulas

Nesta semana as escolas estaduais voltaram às aulas presenciais, com capacidade reduzida. Para esse retorno, foram estabelecidas algumas regras rígidas, com o intuito de proteger alunos e colaboradores.


Entre elas:


  • o retorno será limitado a 35% da capacidade, mesmo podendo receber até 70% dos alunos;

  • nos primeiros 15 dias a decisão dos alunos de irem às escola será facultativa;

  • as instituições vão trabalhar com esquema de rodízio, definido por cada escola;

  • os alunos que não estiverem presentes fisicamente, vão poder acompanhar as aulas de forma remota;

Porém, o retorno não tem sido aceito por muitos. Muitos pais têm receio e grande parte dos professores das escolas públicas são do grupo de risco. Segundo o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), só na cidade de Campinas/SP, existem oito mil professores e desses, 1.225 não podem comparecer às escolas devido seus quadros médicos.


O outro alarde está sendo a quantidade de colégios particulares na cidade que estão fechando novamente por causa de alunos contaminados. As instituições pagas voltaram com aulas presenciais no final de janeiro, mas até então várias delas fecharam as portas mais uma vez devido ao alto índice de contágio.

O maior caso aconteceu no começo do mês, quando uma das escolas particulares da cidade registrou 42 casos, entre alunos e funcionários, de Covid-19. Isso foi na semana do dia 03 de fevereiro, só naquela leva, outras duas desistiram das aulas presenciais após registrar possíveis casos de contágio.


Nessa semana mais duas escolas particulares de Campinas/SP suspenderam as aulas presenciais por causa de novos casos. A cidade não é a única a passar por esses problemas.

Apesar de não ter sido a solução mais efetiva para lidar com a educação brasileira, a educação remota tem se mostrado como a única saída para ajudar as crianças enquanto a vacina não chega a todos.


Cabe ao estado aprimorar os serviços de tecnologia para atender a todos os alunos, principalmente aqueles de comunidades carentes.



Términos de relacionamento

Não é só nós, meros mortais, que devemos lidar com o final de relacionamentos turbulentos.


O presidente Jair Bolsonaro e o seu vice, Hamilton Mourão, não andam na sua melhor fase. Jair deve estar tentando alçar novos voos, viver novas experiências. O episódio mais recente foi nesta terça-feira, 09 de fevereiro, quando aconteceu uma reunião ministerial e Mourão não foi convidado.


Repito, ele não foi convidado. Questionado sobre o fato, ele afirmou “que o presidente julgou que era desnecessária minha presença. Só isso”. A Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou que a reunião “era com ministros e não conselho. Por isso, o VPR não foi convidado”.

Mas essa não é a primeira vez que os dois se desencontram. Depois do vazamento de mensagens de um assessor de Mourão, falando que o vice poderia assumir o governo, nada mais foi o mesmo.


Um dos boatos que vem circulando é que Bolsonaro também tem evitado Hamilton porque ele vaza muitas informações para a imprensa, então está cortando a participação do vice nas reuniões ministeriais.


Será esse o final de mais um relacionamento?


Fonte: G1


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