A dor é um sentimento presente na humanidade desde que o homem se conhece por gente. Ela pode ser física ou emocional, mas de uma forma ou outra, sempre estará presente na vida das pessoas.
A dor física, acontece quando nos machucamos de alguma forma. Pode ser um braço quebrado, uma perna ralada, um acidente de carro ou uma mordida do cachorro. Dependendo do acidente, após alguns remédios, tratamentos e cuidados, logo, logo, não há mais nada. Sem dor, sem machucados, com sorte, nem cicatriz vai sobrar.
Entretanto, existe outra forma de sentir dor. Uma que muda a pessoa de dentro para fora, transforma todo o ser, apenas pela experiência que ela tira daquela dor. A dor do sentimento.
Nossos sentimentos podem ser feridos de vários modos, entre eles, decepções, mágoas, traições, escolhas erradas, grandes expectativas e, uma das mais doloridas, a dor do não fazer falta.
Claro, não se pode negar que ainda existem outras maneiras de machucar os sentimentos, mas a dor do não fazer falta é uma das piores.
Sentir falta de algo, de alguém, de algum lugar, de uma experiência, enfim, sentir falta é uma condição humana. O sentimento é causado quando temos boas lembranças dos momentos que vivemos com aquilo que sentimos falta.
Mas, não fazer falta, quando você sente falta, é mostrar que tudo o que passou não foi recíproco. Tudo que dedicou por aquilo que te faz falta hoje, não significou nada para aquele que não sente a mesma falta que você.
Nessa situação, a lembrança é prejudicial. É como pegar um resfriado e continuar pegando friagem, você não melhora. Lembrar de quem não lembra de você é a mesma coisa. Você não vai melhorar, porque está claro que o que você sentia, não era reconhecido.
A dor sentimental é pior que a física. Paras as físicas ainda possuem remédios, mas, e para a sentimental, qual antibiótico tomamos para curar? Qual anestésico? Qual o remédio?
Não fazer falta dói e se espalha rapidamente.
Dói perceber que os momentos que se dedicou para torná-los especiais, não tinham o mesmo significado para o outro lado.
(Texto: Ricaella Inocente)
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