Partidos políticos já definiram seus candidatos e a partir de agora é correr contra o relógio para as votações que ocorrem no dia 3 de novembro
Nas últimas semanas muito se tem escutado sobre as eleições norte-americanas, que vão acontecer no dia 3 de novembro. Os partidos democrático e republicano já decidiram quem serão seus candidatos e a campanha já deu o start.
Mas apesar dos Estados Unidos possuir um sistema político “semelhante” ao brasileiro, alguns pontos diferem do nosso, tornando o processo um pouco mais confuso do que estamos acostumados a ver.
Antes de conhecer os candidatos de 2020 e suas propostas para o mandato, vamos esclarecer como acontece o voto nos EUA. Confira o guia que o por Rica Inocente preparou para você!
Como funciona o sistema político dos EUA?
Para começo de conversa é importante falar que o regime político de lá é o presidencialismo, assim como no Brasil. Entretanto os votos da população não são contabilizados diretamente para o candidato e sim para os delegados do Colégio Eleitoral.
São eles que representam o povo na hora de escolher o próximo político a governar o país. O número de delegados é definido pela quantidade de distritos de cada estado americano e o colégio possui 538 membros, sendo necessário 270 votos para eleger o presidente.
Além disso, o sistema utilizado trabalha com um método conhecido como “The Winner Takes It All”, em tradução literal, “O Vencedor Leva Tudo”. O que isso quer dizer? Significa que se um candidato, mesmo com menos votos da população, tiver a maioria dos delegados de determinado estado, ele leva todos os outros que não escolheram ele.
Dos 50 estados dos EUA, 48 deles atuam sobre esse regime, sendo exceção apenas Nebraska e Maine, que operam de maneira diferente.
Para desenhar o sistema, vamos usar a Califórnia como exemplo. Ela é o estado mais populoso dos EUA, possuindo 55 membros no colégio eleitoral. Se no caso das eleições um candidato tiver 28 votos dos delegados, ele leva todos os outros 27 que não o escolheram.
Essa prática possibilitou a candidatura de Donald Trump em 2016. Mesmo com a maioria dos votos diretos, Hillary Clinton perdeu para o atual presidente pois ele teve mais influência entre os delegados. Isso revela uma outra característica das campanhas eleitorais norte-americanas.
Apesar do voto popular ser importante, os candidatos também devem conquistar a empatia dos membros do colégio eleitoral.
Influência dos estados
Outro ponto é que o sistema utilizado para as eleições serve para garantir a influência dos estados mais populosos. Em tese, boa parte das regiões norte-americanas possuem um perfil político pré-determinado o que influencia na hora da campanha.
Porém, outros distritos, conhecidos como “swing states”, variam de preferência de eleição para eleição, sendo os estados mais decisivos na votação final. Essas regiões também demandam uma atenção redobrada dos candidatos, que devem se esforçar para conquistar o público daquela área.
Para entender a importância desses estados, você precisa compreender que existem algumas regiões que possuem mais influência no colégio eleitoral do que outros. Isso porque o número de membros no sistema depende do tamanho da população de cada área.
Os estados mais relevantes dentro do colégio são a Califórnia, o Texas e a Flórida. E este último está entre os “swing states”, o que eleva a competição dos candidatos nesse estado. O posicionamento político nas urnas nessa região pode ser decisivo na hora de eleger o futuro presidente dos EUA.
Outros estados que possuem “perfis políticos variáveis” são a Carolina do Norte, Ohio e Pensilvânia. Todos eles recebem uma atenção especial do político que almeja chegar na Casa Branca.
Além disso, cada estado conta com uma autonomia própria, como leis e definições de como serão as eleições. Isso influencia no prazo das candidaturas. Por exemplo em 2000 a Flórida se envolveu em um escândalo com a contagem dos votos, o que atrasou o anúncio em um mês. Por outro lado, em 2008, quando Barack Obama venceu as eleições, a notícia foi dada no final do dia devido a sua vantagem contra John McCain.
Democratas e Republicanos
Fora o formato de votos, outro ponto que causa confusão são as linhas políticas norte-americana. Por lá eles não trabalham com diversos partidos políticos e sim dois grupos dominantes, sendo eles os Democratas e os Republicanos.
Em linhas gerais eles podem ser classificados como a ala da esquerda (Democratas) e os conservadores da direita (Republicanos). Os partidos possuem ideais políticos opostos quando se trata de governar o país.
Os democratas defendem:
uma linha de pensamento liberal;
aumento de impostos para a população com mais renda;
políticas voltadas para responsabilidade comunitária e social;
Por outro lado, os republicanos seguem uma linha de pensamento:
mais conservador;
defende que o mercado financeiro deve ditar os salário mínimo;
é a favor de que os impostos sejam cobrados de maneira igual, independente da arrecadação individual;
voltado para políticas dos direitos individuais e na justiça.
Além desses pontos, os dois partidos são praticamente opostos em todos os outros questionamentos relevantes que devem ser considerados na hora de eleger um candidato. Isso deixa bem claro os ideais políticos de cada eleitor e também dos selecionados para governar o país.
Brasil X Estados Unidos
Para entender o que foi dito até agora, vamos fazer uma comparação entre o sistema político brasileiro e o americano. É bem básico na verdade, e com a explicação acima fica fácil entender.
Os dois países, como dito anteriormente, são Repúblicas Federativas Presidencialistas e elegem apenas um membro para comandar a nação democraticamente. Mas …
no Brasil o voto popular é obrigatório e define quem será o presidente. A escolha pode ser realizada em um ou dois turnos dependendo do resultado;
já nos EUA, antes de chegar a escolha pública, que não é obrigatório no país, os candidatos precisam se enfrentar dentro do próprio partido antes de ir às eleições nacionais;
significa que os americanos devem passar pelas eleições primárias, onde cada chapa decide que irá concorrer pelo partido para a presidência. Depois de definido quem será o candidato a Casa Branca, eles vão para a escolha pública;
daqui em diante a história já é conhecida.
Dito isso, vamos a Corrida Presidencial deste ano!
Corrida presidencial
Agora que os partidos Democrata e Republicano já confirmaram Biden e Trump para concorrer a presidência, está dada a largada do mata-mata para chegar a Casa Branca em 2021.
Nas próximas semanas os dois devem passar por uma maratona de debates em diversas cidades americanas, sem contar os outros compromissos da agenda política que devem nortear a corrida em busca de um lugar na presidência dos EUA.
Mas até chegar lá, as pesquisas mais recentes apontam que Joe Biden tem vantagem sobre o atual presidente. Apesar da diferença ter caído nos últimos meses, o levantamento mais recente ao qual o blog teve acesso mostra que o democrata tem 6,9 pontos percentuais a mais que Trump.
Por outro lado isso pode não significar nada, uma vez que em 2016 Hillary estava na frente nas intenções de voto e acabou derrotada por Donald. Entretanto, Joe tem mostrado um ótimo aproveitamento nos estados considerados decisivos, tendo vantagem em Michigan Pensilvânia e Wisconsin. Esses distritos ajudaram a eleger Trump em 2016.
Um fator que eleva o prestígio de Biden em relação ao atual presidente é a insatisfação da população com as medidas adotadas por ele durante a pandemia. Isso desgastou a imagem de Trump e deu abertura para Joe conquistar intenções de votos de regiões que colocaram Donald no governo.
A campanha de Trump está focada nos estados decisivos, dando mais atenção a população do estado de Iowa, Ohio e Texas, que formaram uma boa base eleitoral para o bilionário em 2016.
Provocações
E como não podia faltar, os dois políticos já se alfinetaram em discursos realizados para a população.
Trump afirmou que Biden é uma “marionete da esquerda radical” e que o candidato pretende acabar com o “American Way Of Life”, tão defendido pelo presidente. Ele também afirma que caso os democratas assumam o governo, a segurança do país estará em risco e Biden contra atacou, afirmando que Trump não pode acabar com os atos de violência, pois ele foi peça fundamental para o seu estopim.
A esta altura, os dados já foram lançados e agora é hora de conhecer um pouco mais de cada um.
TRUMP X BIDEN
Antes de falar de quem é quem e das propostas apresentadas até então, você precisa conferir esta publicação do colunista Kennedy Alencar, da UOL. Ele elenca alguns pontos de erros e acertos dos dois candidatos que podem influenciar nas eleições. Assista:
Com isso em mente, vamos falar sobre os escolhidos para concorrer à Casa Branca:
Donald Trump
Como não conhecer o atual presidente dos EUA? O bilionário foi uma verdadeira surpresa quando anunciou sua candidatura em 2015. Aos olhos da mídia naquela época, a intenção foi tida como uma forma de chamar a atenção do público, pois Donald tinha acabado de sair do programa “The Apprentice”.
Mas apesar disso, não foi a primeira vez que o magnata se dispôs a participar da vida política do país. Ele cogitou se candidatar à presidência duas vezes, uma em 2000 pelo Partido Reformista e outra em 2012 contra Barack Obama.
Caso seja reeleito para o próximo mandato, ele vai perpetuar uma tradição que vem sendo cumprida desde 1992, que é uma candidatura dupla.
Se por acaso não conhece a trajetórias de Donald Trump, de um menino rico a presidente dos EUA, assista a série da Netflix: TRUMP - Um Sonho Americano. Pode ajudar a esclarecer algumas coisas em relação a ele.
Estratégia de 2016
Com discursos calorosos e muita raiva no coração, suas aparições eram sempre polêmicas e incitavam o ódio e o preconceito contra a suposta “invasão de imigrantes” e outros grupos desfavorecidos pela sociedade.
Suas promessas de campanha envolviam a construção do muro ao redor da fronteira do México, punições mais severas para os imigrantes ilegais, inflamação do povo contra a perda de empregos dos EUA e a propagação do slogan “Make America Great Again”, similar ao de Ronald Reagan, em 1980.
Além disso,Trump sempre se mostrou contra as políticas públicas para ajudar os americanos menos desfavorecidos. Uma das suas intenções era colocar um fim ao programa do Obamacare, que obrigava todos os americanos a manter um plano de saúde.
De acordo com o candidato, “o melhor programa social sempre será um emprego”, por isso uma melhora na economia iria permitir que a maioria dos americanos pudessem pagar por suas despesas médicas sem depender do governo.
Outro diferencial da sua campanha foi a quantidade de fake news e baixarias divulgadas para desmentir a sua concorrente, Hillary Clinton. A mesma estratégia foi utilizada por Bolsonaro em 2018.
Keep America Great
O slogan da sua reeleição foi lançado em julho de 2019 e todo o seu mandato foi dedicado a cumprir todas as suas promessas grotescas de campanha. Durante o seu governo foi possível observar:
janeiro de 2017 ele emitiu uma ordem de construção para o muro da fronteira do México. No mesmo mês proibiu a entrada de cidadãos de sete países nos Estados Unidos;
em seguida saiu do Acordo de Paris, um pacto global para o combate às mudanças climáticas;
deu ênfase aos ataques contra o grupo terrorista Estado Islâmico e saiu do acordo com o Irã, que obrigava o país a limitar suas atividades nucleares enquanto os EUA aliviaram as sanções internacionais. A proposta foi colocada em prática por Obama. A justificativa para cancelar o acordo foi porque o “Irã é o principal Estado patrocinador do terrorismo”;
retirou os militares do Oriente médio e complicou as regras para imigrantes ilegais;
Por outro lado, quando outros projetos prometidos por ele eram barrados no Congresso, ele relacionava isso aos democratas no cargo que “travavam” suas propostas.
Prós e contras
Mas se por um lado ele se dedicou a cumprir suas promessas, por outro o seu governo foi cheio de crises e polêmicas.
No começo do mandato o seu desempenho ia bem, houve um aumento dos empregos e uma melhora na economia. O presidente associou isso as medidas alfandegárias adotadas pelo país e a imposição de tarifas que mantinham os postos de trabalho nos EUA.
Quanto às crises iniciais, apesar de graves, não afetaram seu favoritismo entre a população na época. Houve:
prisão de aliados: os estrategistas de marketing da campanha foram detidos por acusação de fraude;
suposto envolvimento com os russos para manipular as eleições de 2016;
desgaste das relações internacionais: no começo de 2020 o presidente autorizou uma ação militar que causou a morte do general iraniano Qassem Souleimani. Ele não se solidarizou com o acontecido e acusou o militar de suposto envolvimento com grupos terroristas;
Mas por sorte, ou vingança do destino, a pandemia mudou o jogo para Trump e tirou ele do seu pedestal de favoritismo.
No começo do surto do novo coronavírus as coisas caminhavam no caminho certo. A satisfação do público, em março, em relação às medidas adotadas pelo governo, girava em torno dos 55%. As informações são da Ipsos, empresa de pesquisa. Naquela época:
o presidente decretou estado de emergência nacional e anunciou um pacote de US$ 50 bilhões para o combate do vírus;
tomou restrições contra viagens;
disse que ajudaria o governo chinês a combater a doença;
Entretanto o cenário mudou logo em seguida. Trump alterou seu comportamento e começou a contestar as informações verídicas sobre o vírus, entrando em conflito com o epidemiologista da Casa Branca e questionando o isolamento social e o uso da máscara.
O presidente se referiu ao coronavírus como o “vírus chinês” e disse que iria tirar os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso fez com que sua popularidade fosse para o chão. Em julho o apoio aos republicano já estava em queda livre, atingindo os 78%.
O novo surto da pandemia no coronavírus nos estados do sul e do meio oeste devido a retomada prematura da economia não ajudaram a sua imagem e isso preparou um terreno fértil para a popularidade de Joe Biden.
Joe Biden
O representante da chapa democrata, Joe Biden está no meio político desde 1970 e foi vice-presidente de Barack Obama.
O candidato adotou uma postura bem discreta em relação a sua candidatura e também ao coronavírus, o que permitiu um apoio maior dos democratas na hora de decidirem quem ia concorrer ao cargo pelo partido.
A nomeação oficial aconteceu no dia 20 de agosto e foi aí que começou os seus discursos para ganhar a simpatia dos eleitores. Em um primeiro momento, Biden já anunciou que :
vai impulsionar novos postos de emprego em áreas da energia verde;
questionou as ações de Trump em relação a pandemia e no trato da economia;
demonstrou apoio às bandeiras jovens levantadas durante a pandemia, como o Black Lives Matter e afirmou que vai lutar contra a desigualdade e a injustiça;
para acalmar os fervorosos nacionalistas, prometeu não fazer vista grossa às ações da Rússia e que aumentaria a capacidade de produção dos EUA, para que eles não dependessem de outros países, como a China;
Para o seu mandato, Joe Biden está propondo os seguintes planos de ação:
restaurar o que foi perdido: retomar todas as medidas que foram suspensas pelo Trump, como as alianças internacionais, avanço da classe média, proteção ambiental e direito à saúde;
coronavírus: fornecer testes gratuitos para todos e contratar 100 mil pessoas para estabelecer um programa nacional de rastreamento de contatos. O programa vai instalar centros de testes e incentivar a distribuição de recursos para lidar com o vírus e a disseminação de orientações de especialistas;
expansão do Obamacare: fazer com que cerca de 97% dos americanos tenham cobertura de saúde e dar a opção a população para se inscreverem em uma opção de seguro de saúde público;
economia: Biden tem intenção de definir um salário mínimo e aumentar o uso da energia verde, com a proposta de garantir mais postos de trabalhos nesse setor;
meio ambiente: o político quer levar os EUA de volta ao Acordo Climático de Paris e adotar uma matriz energética verde até o ano de 2050;
privilegiar a produção nacional: o democrata quer aumentar o investimento em produtos e serviços produzidos no país. Ele quer que os americanos priorizem a produção interna;
política externa: quer retomar as relações que foram destruídas por Trump e não pretende fechar novos acordos até concretizar os investimentos no país, como em saúde e infraestrutura.
educação: a proposta prevê um cancelamento das dívidas de empréstimos estudantis, a ampliação das faculdades gratuitas e o acesso universal a pré-escola;
armamento: caso seja eleito, ele pretende reformular diversas leis sobre o controle de armas, com o intuito de conter a violência gerada pelos equipamentos;
integração dos imigrantes: Biden quer reverter todas as políticas de imigração que Trump instituiu. Quer proibir a separação dos pais e filhos nas fronteiras, acabar com as barreiras para solicitar pedidos de asilo e tirar as restrições para viagens a vários países muçulmanos. Ele quer dar continuidade a projetos da época de Obama para auxiliar imigrantes levados ilegalmente ao país e fornecer um auxílio para que essas pessoas possam estudar;
justiça: o político propõe uma reforma do sistema penal, abordar a disparidade de raça e gênero, legalizar a maconha e acabar com a “pena de morte”. O candidato também quer expandir o poder do Departamento de Justiça, para que eles possam averiguar e julgar os casos de abuso policial.
As propostas de Joe Biden vão de encontro às intenções de Trump, tanto durante o seu mandato quanto as suas intenções caso seja reeleito. Mas mesmo os viés políticos sendo tão opostos, os eleitores têm mostrado um apego aos ideais declarados pelo democrata.
Talvez isso se dê ao desgaste da população com as políticas de Trump e como as suas ações tem prejudicado tanto o “American Way Of Life” pregado pelo presidente.
Para o que o futuro presidente deve estar preparado?
O cenário político dos Estados Unidos não está no seu melhor momento e os últimos acontecimentos influenciaram muito os passos dos candidatos a presidente. Quem não se adaptar às mudanças perderá a vantagem, e quem propor as medidas que levem a uma solução terá a preferência dos eleitores.
A situação atual também causa um pouco de temor nos políticos. Com a pandemia do novo coronavírus, a possibilidade dos votos serem através dos Correios aumentou e o atual presidente acredita que isso abre portas para a fraude eleitoral.
Quanto aos democratas, eles acham que esse modelo de votação possa sofrer interferências estrangeiras, como da Rússia, China ou Irã. Donald Trump teve até a ideia genial de adiar as eleições de 2020 e deixá-lo no poder por mais um ano.
Mas essa é apenas umas das dificuldades que eles vão sofrer durante a campanha, e também durante o mandato. Entre as pautas mais relevantes estão:
Coronavírus
Um estudo da Universidade de Washington presume que as mortes ocasionadas pelo Covid-19 devem atingir o número de 230 mil até o dia 1º de novembro, dois dias antes das eleições.
Hoje os Estados Unidos lidera o ranking mundial de infectados/óbitos por coronavírus. De acordo com os dados analisados no portal da Universidade Johns Hopkins, no dia 3 de setembro, às 21h38, o país já acumulava:
6.146.524 casos confirmados
186.698 mortes
As políticas falhas de Trump colaboraram para a disseminação e a sua falta de planos para combater a pandemia não tranquiliza a população. Os candidatos à Casa Branca vão precisar se empenhar para solucionar esse caso.
Black Lives Matter
O estopim das manifestações teve início em março, durante o auge da pandemia, quando George Floyd, um homem negro, foi assassinado por um policial de Minneapolis. O ato trouxe de volta os movimentos que buscam lembrar as pessoas que vidas negras importam, apesar do sistema falho e racista que perpetua em todos os estados.
Os protestos levaram caos as ruas e evidenciou a necessidade de uma reforma do sistema policial. Que não tardou a mostrar como necessita de uma mudança, ao assassinar outro negro em Kenosha, no Wisconsin, no dia 23 de agosto.
Jacob Blake, de 29 anos, levou sete tiros pelas costas na frente dos filhos após uma abordagem policial. As imagens circularam a internet e gerou uma nova onda de revolta na população e nos ativistas que lutam pelo fim da discriminação racial e do preconceito no sistema.
O político que assumir o governo nos próximos anos deve ter um posicionamento claro a respeito disso e garantir que todos tenham acesso a justiça, independente da cor da pele. A reestruturação do sistema é a melhor saída para acabar com esse mal desde a raiz.
Relações internacionais
Trump dançou em cima dos acordos internacionais fechados por Barack Obama no final do seu mandato. O ex-presidente dedicou um ano inteiro a estreitar laços com países estrangeiros em busca de apoio e alianças políticas.
Para saber sobre a estratégia de política externa traçada por Obama no seu último ano, assista o documentário da Netflix: The Final Year.
Mas o esforço não adiantou de nada quando Trump resolver entrar em uma espécie de guerra fria com a China ou explodir o carro de um general iraniano.
O novo governante terá que lidar com todas as desavenças criadas nos últimos quatro anos caso não queira iniciar um novo confronto mundial por causa de birras internacionais.
Além dessas barreiras, é claro que muitos outros desafios devem aparecer nas próximas semanas e também nos anos em que os mandatos se prolongarem. Mas em geral, os temas em discussão no momento que influencia na caminhada de Trump e Biden são esses.
Para concluir, espero que o conteúdo tenha ajudado a compreender melhor o sistema político norte-americano e que você tenha se inteirado da corrida presidencial de 2020. Deixe sua opinião nas redes sociais do @porricainocente.
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