Mês de março foi marcado por muitas mortes, caos político e muito prejuízo para as famílias brasileiras
O Resumo da Semana de hoje se tornou uma espécie de Resumão de Março, com direito a todas as reviravoltas que vivemos nas últimas quatro semanas.
É difícil não imaginar o que vem por aí, mas acredito que muitos fatos você deixou passar, por isso o por Rica Inocente quer garantir que você comece o mês de abril preparado, com todas as informações que precisa saber!
Então vamos lá:
Lula Livre
Confesso que escrever esse tópico foi um pouco difícil, pois a cada manhã pós-elaboração havia uma novidade, então todos os dias ele ganhava uma nova entonação.
Pois vamos lá, tudo começou no dia 08 de março, quando o juiz do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, acordou e tomou uma atitude que poderia impactar, ainda mais, o cenário político brasileiro. Ele decidiu anular todas as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, originadas das investigações da Operação Lava Jato, a respeito da condenação de Lula.
Isso não significa que ele foi inocentado, mas devolveu a ele seus direitos políticos, dando ao ex-presidente a oportunidade de concorrer às eleições de 2022.
A atitude do juiz causou um redemoinho nas redes sociais, gerando aplausos e negação por parte dos “Bolsominios anticorrupção". Mas o melhor não estava nessa parte e sim no discurso que veio no dia 10 de março.
Em seu primeiro pronunciamento pós anulação das condenações, o ex-presidente do Brasil, Lula, reuniu todas as frases de efeito que o povo brasileiro precisava escutar num dia caótico de mortes se acumulando. Falou da valorização do SUS, do aumento da campanha de vacinação da população, se solidarizou às famílias que perderam entes queridos durante a pandemia e reforçou o quanto o auxílio emergencial é importante para a população poder lidar com a crise atual.
Lula foi certeiro em seu posicionamento e a primeira onda dos seus atos atingiu em cheio o governo Bolsonaro, que no dia seguinte começou a colocar em prática todos os gerenciamentos de crise que o manual podia conter.
1º impacto pós discurso de Lula
A primeira coisa que pode ser observada em Brasília foi o comportamento adotado pelo presidente, queridíssimo Jair Bolsonaro, e seus apoiadores. Após um ano negando a veracidade da pandemia e minimizando a periculosidade do novo coronavírus, Jair começou a usar máscaras e defender a vacinação em massa.
Ele até falou sobre como “sempre enfatizou” o uso da imunização para conter a disseminação da pandemia no seu pronunciamento realizado no dia 23 de março. Mas isso vai ficar para um tópico independente.
Mas é hilário! O Brasil acumula até então - dados do dia 24 de março - mais de 300 mil mortes por Covid-19, superando a marca de mais de 3 mil vidas perdidas em um único dia, e Bolsonaro quer se caracterizar como uma das pessoas que mais fez por onde na luta contra a pandemia (?!?).
Desenrolar da história
Para coroar a cereja do bolo deste tópico, a decisão mais recente do Supremo Tribunal Federal declarou Sérgio Moro incapaz de julgar o caso do triplex do Guarujá, ligado ao ex-presidente Lula, pois o ex-ministro da justiça foi considerado parcial no seu julgamento. Não me diga!
O resultado foi anunciado na terça-feira, 23 de março, quando a juíza Cármen Lúcia mudou seu voto, alegando que Moro agiu com parcialidade ao condenar Lula. A decisão do STF faz com que todo o caso do triplex retome a estaca zero pelos investigadores, já que toda estratégia tomada durante a primeira investigação pode ter sido tomada com base nas opiniões pessoais do ex-juíz.
A atitude de Sérgio Moro perante a Operação Lava Jato o tornou uma espécie de herói brasileiro, mudou o rumo político do país e o aliou ao governo Bolsonaro. A decisão do STF trouxe uma grande reviravolta ao país, que está novamente abalado. Centrão dividido, esquerda com esperança de alcançar a presidência e a direita em pânico.
O brasileiro não tem um dia de descanso!
Bolsonaro em queda livre
Sabe, é preciso muita peroba e falta de vergonha na cara para ir em rede nacional e fazer o que Jair Bolsonaro fez no seu pronunciamento do dia 23 de março:
O presidente apareceu diante das telas para mentir. Os panelaços superaram as suas palavras, que prometeram vacinas a toda a população brasileira, mobilização de céus e terras para promover o bem-estar da população diante da pandemia e solidariedade às milhares de mortes que o Brasil acomulava.
O discurso dele foi feito no dia em que o país bateu o recorde de mais de 3 mil vidas perdidas em um 24h. Claramente o seu discurso foi uma forma de reverter a crise que estava por vir. Mas não adiantou muito.
Depois de um ano de comportamento negacionista, Bolsonaro vem “tentando” reparar essa imagem. Mas não vem dando muito certo, já que continua divulgando o “kit covid”, ineficaz a doença, e “comemorou” seu aniversário no Palácio do Planalto, cumprimentando os fãs que se aglomeraram em frente ao gramado do presidente.
Sem contar que a sua nova escolha para Ministro de Saúde compactua com seus ideais políticos, negando a necessidade e a importância do lockdown para o país, que passa pelo seu pior momento.
Mas não é só o Bolsonaro pai que anda enrascado. A família inteira vem entregando polêmicas.
A mansão de Flávio
Todo mundo tem o sonho da casa própria, mas o 01 se superou.
Localizada em um dos bairros mais nobres de Brasília, o filho mais velho do presidente comprou uma “casinha” de nada mais nada menos que R$ 5,97 milhões, valor três vezes maior do que o declarado pelo senador em 2018, de R$ 1,74 milhão.
Flávio está sendo investigado - aos trancos e barrancos - pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por enriquecimento ilícito durante os anos que foi deputado estadual. De acordo com as informações apuradas, o atual senador teve o seu patrimônio incrementado em 397,1% de 2006 a 2018.
Tecnicamente, seria impossível comprar a mansão com o orçamento familiar de Flávio e sua esposa. Além da renda mensal não bater com o valor necessário, o empréstimo possui um juros jamais encontrado em outros bancos para financiamento.
Segundo uma simulação realizada pela BBC News Brasil no banco BRB, o responsável pelo financiamento da casa do 01, seria necessário uma renda líquida de R$ 46.436,18 para conseguir um financiamento com a parcela inicial de mais de R$ 18 mil. Atualmente, o salário de senador paga, como renda líquida, RS 24,9 mil. A conta não fecha!
Outro atenuante é que o presidente do banco, Paulo Henrique Costa, é uma das pessoas cotadas para substituir o atual presidente do Banco do Brasil …
Por último, e não menos importante, a nota oficial da assessoria do senador afirmou que a taxa foi aprovada de acordo com o rendimento familiar e que a transação foi dentro da lei, sem problema algum.
Polêmica não é feita só com um Bolsonaro
Desgraça pouca não é bobagem e falamos muito sobre isso por aqui. Uma matéria do UOL teve acesso às quebras de sigilo bancários e fiscais, realizados em setembro de 2020, de diversas pessoas ligadas a Flávio Bolsonaro.
E sabe o que os números mostram? Aparentemente o esquema da rachadinha, pelo qual 01 está sendo investigado, também ocorria no gabinete de Jair, quando era deputado federal, e de Carlos Bolsonaro, o vereador.
A corrupção acabou, não é? A história completa você pode conferir nesse vídeo explicativo do UOL:
Recordes sinistros de pandemia: Brasil bate as 3 mil mortes diárias
Aqui vão alguns números chocantes que atingiram o Brasil no último dia:
19 de março - o país atingiu a marca de duas semanas como o que mais registra mortes diárias por Covid-19 no mundo. Dados da Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford;
23 de março - o consórcio de veículos de imprensa apontou que o Brasil atingiu a marca de mais de 3 mil mortes causadas pelo novo coronavírus em um único dia. 3.158 vidas perdidas para a pandemia;
24 de março - o número atingido no dia anterior contribuiu para o resultado de 300 mil mortes por Covid-19. No mesmo dia o sistema de saúde registrou 90.504 novos casos de infecção em 24h;
25 de março - o recorde mais recente mostra que o país conseguiu atingir a marca de 97.586 novos pacientes contaminados em um único dia;
Mas isso não é tudo! A alta taxa de contágio, falta de leitos, remédios ineficazes e despreparo dos estados para lidar com a alta demanda de casos pode resultar em uma catástrofe ainda pior. Pacientes morrem na fila, esperando por um leito de Covid-19, governos estaduais tentam reforçar as medidas, mas o povo continua agindo como se a pandemia não estivesse aí. O por Rica Inocente falou sobre isso na Conversa da Semana do dia 19 de março:
Quantas mil vidas a mais teremos que perder para uma medida ou atitude realmente eficaz?
Os números mais recentes mostram que o Brasil teve:
totalizando: 12.324.765 pacientes e 303.726 vidas perdidas.
Evolução do pokémon
Como toda atualização, as variantes do Covid-19 estão vindo com tudo!
No dia 23, os cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmaram que detectaram variantes mais resistentes à vacina do novo coronavírus. O dado foi apresentado de acordo com o trabalho realizado pela Rede Genômica Fiocruz, formada por pesquisadores da fundação que tem foco no estudo do genoma do vírus do coronavírus.
Eles já identificaram mais de 60 linhagens do vírus só no brasil, mas dão destaque a duas que estão em circulação desde o começo do mês, a B.1.1.33 e B.1.1.28. A última deu origem a P.1 e P.2, classificadas como “variantes de preocupação”.
Segundo os cientistas, essas mutações do Covid-19 indicam contínua transmissão generalizada e causam infecções mais resistentes, prejudicando também a eficácia das vacinas desenvolvidas para lidar com o vírus.
Uma das variantes, a P.1, já foi identificada em pacientes de vários locais do mundo, o que chamou a atenção de cientistas estrangeiros, que querem alertaro para o perigo dessa linhagem do vírus. Exemplo disso é o cientista americano Eric Field-Ding, que afirmou que sem ajuda internacional para controlar a doença, a mutação brasileira pode provocar uma nova pandemia.
Como foi dito na Conversa da Semana citado acima, alguns especialistas já vinham alertando para o perigo de vacinar a população sem impor medidas mais restritivas, o que poderia ocasionar em adaptações do vírus para combater os anticorpos criados para eliminar o vírus.
Mas não só isso. A cada corpo que infecta, o coronavírus se adapta, conquista novas características e se torna mais forte. É literalmente uma evolução.
O Brasil pode estar criando um novo monstro debaixo das cobertas.
“Kit Covid” está piorando a situação
A insistência em dar aos pacientes remédios ineficazes para o combate do novo coronavírus tem piorado ainda mais o quadro médico dos infectados. O combo tóxico de hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina e anticoagulantes têm causado efeitos colaterais nos rins, coração e fígado.
Foi isso que duas reportagens do Estadão e uma da BBC Brasil mostraram na última semana. Dentre os pacientes prejudicados pelo kit, cinco tiveram problemas nos fígados e precisaram de transplantes, dois deles morreram antes de conseguir um novo órgão e os outros estão na fila aguardando a oportunidade.
Houveram casos de morte por doença hepática aguda, além de lesões nos fígados, destruição das vias biliares, insuficiência renal, hemorragias gástricas e pulmonares,sem contar a piora do caso de Covid-19, já que os medicamentos podem causar diversos problemas à saúde.
Todas as doenças citadas acima não são provenientes do novo coronavírus e sim do uso de medicamentos em excesso não recomendados para o tratamento da pandemia. A campanha por “cuidados precoce” tem sido prejudicial a quem se contamina.
Se ouviu falar de receitas caseiras para tratar o Covid-19, cai fora!
“Vacina de Oxford” ganha registro definitivo no Brasil
Em meio ao caos, a Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro definitivo do imunizante da AstraZeneca com a Universidade de Oxford no dia 12 de março. A vacina tem sido produzida pela Fiocruz e é a segunda a ser autorizada no país, ficando atrás apenas da Pfizer.
Mas nem tudo é um mar de rosas …
Porém, nas primeiras semanas de março, alguns países da União Europeia resolveram suspender temporariamente o uso da “Vacina de Oxford” devido a alguns relatos de pacientes que receberam a dose e tiveram formação de coágulos. A Áustria chegou a registrar uma morte por embolia pulmonar, causado pela formação e desprendimento de um coágulo.
As autoridades sanitárias europeias resolveram dar um tempo da vacinação, porém afirmaram que não podem comprovar a ligação entre a vacina e os coágulos, mas por ser um evento adverso grave, a melhor solução é se precaver.
A interrupção da campanha de vacinação alarmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e também a farmacêutica responsável pela fabricação do imunizante, a AstraZeneca. A empresa se manifestou no dia 14, afirmando que conduziu uma análise com mais de 17 milhões de vacinados na UE e Reino Unido e não encontrou risco aumentado de coágulos sanguíneos.
Já os cientistas da OMS se pronunciaram afirmando que é necessário continuar a vacinação e que até então não houve uma comprovação que os casos relatados tem ligação com a vacina.
A vacina AstraZeneca/Oxford, quando anunciada, apontou uma eficácia de 82,4% com a aplicação da segunda dose e 76% apenas com a primeira dose.
Agora é só aguardar pelo desenrolar dessa história.
Governadores ameaçados por conta das medidas restritivas
E falando em história …
Nas últimas semanas temos escutado muito sobre o endurecimento da pandemia e as medidas mais restritivas que diversos estados estão tomando para conter o avanço do novo coronavírus. O sistema de saúde não está mais comportando a demanda de infectados e muitas pessoas acabam morrendo na fila, esperando por um leito de Covid-19.
Diante deste cenário, governadores e prefeitos têm decretado “Fase de Emergência” em diversas cidades. Em Campinas/SP, por exemplo, é proibida a circulação de pessoas das 20h às 5h. Quem estiver na rua sem motivo de urgência será aconselhado a voltar para casa.
Os estabelecimentos como bares, restaurantes, padarias e comércios não podem abrir. Serviços de alimentação só podem funcionar através de delivery, supermercados estão restringindo a quantidade de pessoas que têm acesso a loja e até mesmo os serviços essenciais estão com horário reduzido de funcionamento.
As medidas valiam até o dia 30 de março, mas foram prorrogadas para o dia 11 de abril, porque a situação não melhora, não só aqui em Campinas, mas como no estado inteiro. Outro fator é que a região da RMC vai passar por dias ainda mais restritivos durante o próximo final de semana, devido ao feriadão imposto em São Paulo para evitar a circulação das pessoas. Campinas vai contar com barreiras sanitarias nos principais acessos da cidade para evitar a visita indesejada de outros municípios.
Mas, claramente, as pessoas não gostaram muito da decisão dos governadores de tentar proteger a população diante do caos e fizeram o que? Protestos e passeatas!
Sim, houveram diversos casos de manifestantes protestando em frente a casa de governadores, como foi o caso do João Dória, que recebeu ameaças contra ele e a família por ter decretado uma fase mais restritiva para conter o avanço da pandemia.
É fato que o fechamento de tudo prejudica o brasileiro. O país atingiu índices de pobreza jamais vistos em 10 anos, o desemprego está em alta, os empresários vem acumulando prejuízos, mas também temos batido quase que diariamente mais de 2 mil mortes causadas pelo novo coronavírus.
A população normalizou a morte, mas isso não quer dizer que está certo! É ruim ficar em casa, perder o emprego, não poder ver os amigos. Mas se continuarmos nesse ritmo, até o final de 2021 não teremos parentes para comemorar as festas de final do ano. Pense nisso!
Adeus a mais um
Na pior pandemia já vivida por esta geração, o Brasil conseguiu mais uma vez trocar de Ministro da Saúde. Contudo, o mais engraçado é que, apesar de todos os erros que Eduardo Pazuello tenha feito na administração da pasta, podemos citar vários, esse não foi o motivo que levou a sua saída, mas sim o Lula.
Mas aí vem a pergunta, “ué, o que ele tem a ver com isso?”. A verdade é que o discurso de Lula no dia 10 causou mais do que os impactos mencionados no começo do texto. O queridíssimo Jair Bolsonaro não tem dormido direito com medo das eleições de 2022. A pressão é tanta, que como já comentamos, ele vem tomando medidas drásticas para reverter a sua imagem pandêmica.
Por outro lado, a situação também não está muito favorável para Pazuello, já que suas ações durante a pandemia podem ser julgadas em primeira instância. Ele pode ser investigado por omissão diante do caos sucedido pelo novo coronavírus, já que sob o comando de Eduardo, o Ministério da Saúde contribuiu para a falta de oxigênio de Manaus, não comprou vacinas para a população, fez campanha de remédios ineficazes para combater a doença e muitas outras atitudes que levaram o Brasil a atingir 3 mil mortes diárias.
Quem assumiu o lugar de Pazuello foi o médico cardiologista Marcelo Queiroga, que tomou posse no dia 23. No seu primeiro discurso falou da importância da população respeitar as medidas de prevenção, usar máscaras, manter o distanciamento social, falou em vacinação em massa, mas negou a adoção de um lockdown.
E a partir de agora estamos contando os dias para ver quanto tempo Queiroga aguenta no cargo. Ele já é o quarto que assume a pasta em plena pandemia.
Fonte: G1 | G1 | G1 | G1 | G1 | CNN Brasil | G1 | CNN Brasil | Valor Investe | Gizmodo | IG | G1 | G1 | G1 | Veja | Agência Brasil | CNN Brasil |
Impactos negativos da pandemia criam novos recordes em outros setores
Não só recordes de vidas perdidas se vive o Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que 20 estados brasileiros bateram recorde de taxa média de desemprego em 2020. Os dados foram divulgados na quarta-feira, dia 10. A média foi de 13,5%, a maior já registrada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Os principais motivos, é claro, foram o fechamento do comércio, a queda da economia, que fez diversas empresas irem à falência e encerrarem suas atividades, o baixo investimento nos pequenos empresários e a interrupção de diversos setores, que terceirizavam mão de obra.
Esse é só mais um exemplo de que o estado deveria prover recursos para a sua população.
Fonte: G1
Alta da taxa Selic
Mas apesar da alta taxa de desemprego e do aumento das famílias na linha de pobreza, algo a mais deveria acontecer para tornar a situação ainda pior. No dia 17 de março foi anunciado que a taxa básica de juros, a famosa Selic, atingiu a marca de 2,75% ao ano. A última alta foi registrada em 2015, quando chegou a 14,25% ao ano.
Por outro lado, você deve estar se perguntando porque essa informação é tão importante para ser mencionada por aqui e aí vai a sua resposta:
a Selic é a base dos juros da economia brasileira, ela influencia em todas as taxas de juros no país. Ela está ligada ao aumento de preços, aos valores cobrados em empreśtimos, financiamentos e até mesmo no rendimento dos investimentos;
Ela foi criada para conter a inflação, mas a sua alta, ou queda, ocasiona um efeito dominó que pode ser sentido por todos, desde os brasileiros mais pobres até investidores internacionais.
Fonte: FolhaMercado - 18 de março | NuBank
Orçamento 2021
Por último, mas não menos importante, o Congresso Nacional aprovou ontem, 25 de março, o projeto de Orçamento de 2021. Se você não conseguiu fechar as suas contas de março, o governo pior ainda. Só que isso influencia em muita coisa. Vamos lá:
o projeto final retirou cerca de R$ 26,5 bilhões da área social, que seria destinado à Previdência, benefícios, como o auxílio emergencial e o seguro-desemprego;
com isso, o Ministério da Economia terá que rebolar para arcar com o planejamento de R$ 8 bilhões que já havia projetado para a Previdência deste ano, que sofreu um corte de R$ 13,6 bilhões;
boa parte desses recursos serão destinados a outras pastas, como a do Desenvolvimento Regional, que é uma das maiores bases eleitorais dos congressistas;
Vamos explicar com calma. O dinheiro que vai para esse setor é distribuído entre os projetos propostos por senadores e deputados, para levarem melhoria aos seus estados. Quanto mais dinheiro eles arrecadam, mais verbas destinam as suas bases eleitorais, garantindo a reeleição deles ou de seus apoiados.
O orçamento para esses projetos pulou de R$ 20 bilhões para quase R$ 49 bilhões. Enquanto isso, setores que realmente precisam de um help, como projetos sociais e a área da saúde, vão ter que se virar para tirar recursos de onde não tem.
Outro reajuste nada compreensível foi o novo orçamento destinado às forças armadas brasileiras, que poderão contar com R$ 7,1 bilhões para gastar em leite condensado, vinho e churrasco até 2023.
Fonte: FolhaMercado - 26 de março
Atualização …
Nesta manhã foi anunciado que o Instituto Butantan criou uma vacina 100% nacional para combater o Covid-19. Eles vão pedir autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta para começar os ensaios clínicos em seres humanos.
Caso aprovado, o Instituto acredita que poderá produzir até 40 milhões de doses até o final do ano e, com a aprovação e o registro do imunizante, o uso dela pode começar em julho deste ano.
Apelidada de Butanvac, a vacina usa a mesma tecnologia da vacina de gripe, que também é desenvolvida no instituto. Além disso, ela será produzida com insumos totalmente nacionais, sem necessidade de importação de matéria prima. Para entender mais sobre a vacina e suas características, segue o fio da publicação abaixo:
Fonte: Estadão
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