Energia vai se tornar artigo de luxo, Serial Killer aterrorizando DF, Covaxin é o novo destaque da CPI do Covid e a debandada de Salles
Bem-vindo a mais um Resumo da Semana!
Hoje vamos falar de alguns fatos que mais abalaram o país no último mês. Começando pelo prejuízo na conta da luz e levando diretamente ao pedido de demissão do Ricardo Salles, o meio do caminho é tão emocionante quanto qualquer outro dia na vida do cidadão brsileiro.
Para ficar por dentro dos últimos acontecimentos, leia até o final:
Conta de luz
Nos próximos dias você vai sentir um aumento brusco na conta de energia. E não, não adianta desligar as luzes, carregar menos o celular, tirar todos os eletroeletrônicos da tomada ou qualquer outra solução, isso não vai ajudar nem um pouco com a situação na qual o Brasil se envolveu.
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, a energia elétrica teve o maior peso na inflação do país, com um aumento acumulado nos últimos 12 meses de 8,06%. E não vai parar por aí.
Esse aumento está ligado ao fato das usinas termelétricas terem sido ligadas pois os reservatórios de hidrelétricas estavam com os níveis baixos, por causa do período de seca, desmatamento na Amazônia, cancelamento do horário de verão, entre outros fatores. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estima que as termelétricas vão custar R$ 9 bilhões aos consumidores e, para compensar isso, a bandeira vermelha assumiu seu pior patamar, cobrando R$ 6,243 a cada 100 KWh gastos na residência.
O valor da taxa adicional também tende a aumentar. A Aneel está estudando soluções que terão impacto na conta do consumidor, aumentando em 20% a tarifa da bandeira vermelha. Além disso, o Governo Federal está analisando a possibilidade de publicar uma medida provisória para adotar medidas de racionamento de energia. Se o horário de verão não tivesse sido cancelado, quem sabe, não estaríamos nessa fria - literalmente!
Fonte: G1
Caça a Lázaro
Se você não acompanhou os noticiários, redes sociais e qualquer outro meio de comunicação nas últimas semanas - você deve estar bem perdido na verdade -, não sabe nada a respeito de Lázaro Barbosa, o serial killer do Distrito Federal.
Procurado desde o dia 09 de junho, Lázaro assassinou uma família em Ceilândia, próximo ao Distrito Federal, sequestrou a mãe, que foi encontrada morta três dias depois, e segue em uma fuga cinematográfica no entorno do DF. Lázaro está assombrando as famílias dessa região, que é predominantemente formada por sítios, chácaras e mata densa.
São mais de 200 policiais e agentes de seguranças atrás do fugitivo, que até então já invadiu terras, fez reféns, trocou tiros com moradores e por aí vai. O G1 preparou uma linha do tempo, desde o início da carreira criminosa de Lázaro, confira.
500 mil mortes
No final de semana o Brasil bateu a infeliz marca de 500 mil mortes. No dia 19 de junho foram registradas 2.247 mortes em 24h, somando mais de meio milhão de vidas perdidas para a pandemia.
E o pior, são números que podiam ter sido evitados! E você sabe como, isolamento, máscaras, medidas de restrições efetivas, compra de vacina no momento certo … O país sentou e assistiu o mundo se fechar antes mesmo dos primeiros indícios de vírus chegar em seus territórios, mas mesmo assim, não moveu uma palha.
E quando teve a oportunidade de salvar a vida dos brasileiros, o governo federal se fez de cego, surdo e mudo e deixou essa catástrofe correr solta. Na matéria do Jornal Nacional sobre esse marco, eles levantaram com o IBGE o número de cidades no Brasil que possuem 500 mil habitantes ou mais e confirmaram que apenas 49 municípios têm mais cidadãos que o número de mortos. Eles constataram que o número de pessoas mortas pelo Covid-19 é maior que a população de 99% das cidades brasileiras.
Outro levantamento feito pelo Fantástico mostrou que cada vítima da pandemia podia ter vivido mais 18 anos e que a cada 425 pessoas por aqui, uma foi levado pelo novo coronavírus.
Se achávamos que a situação estava complicada em 2020, quando estávamos todos trancafiados dentro de casa, hoje a situação está muito pior e ninguém parece se comover com isso.
Os números registrados até a noite do dia 24 de junho são:
509.282 mortes registradas;
18.243.391 casos de Covid-19;
Quanto às vacinas:
32,33% da população já recebeu pelo menos a 1ª dose do imunizantes;
11,79% recebeu as duas doses;
Cortar o mal pela raiz
Em um documento obtido pela Folha de S. Paulo e publicado no dia 20 de junho, partidos da esquerda e ex-aliados de Jair Bolsonaro preparam um novo pedido de impeachment que irá reunir os 121 pedidos que existem contra o digníssimo e deverá apontar mais de 20 tipos de crimes contra a lei de responsabilidade.
Fonte: UOL | Fantástico | Jornal Nacional | Gazeta do Povo | G1 | G1
CPI do Covid
Além da última Conversa da Semana, a sabatina da CPI da Covid tem dado o que falar.
Na semana passada o senador Renan Calheiros, relator da comissão, anunciou a lista de 14 pessoas que passarão a ser investigadas pela CPI. Os nomes estão na publicação “O que você precisa saber sobre a CPI do Covid”. Mas até aí tudo bem.
O pior veio na terça-feira, 22 de junho, quando os senadores receberam alguns documentos do Ministério das Relações Exteriores mostrando que o Brasil negociou a compra da vacina indiana, Covaxin, por 1000% do valor estimado. Mas isso vem em um tópico à parte.
Ao longo da semana, a CPI aprovou a quebra do sigilo fiscal, bancário e telemático de mais alguns convocados, chamaram o Google, o Facebook e o Twitter para falar sobre posts a respeito do Bolsonaro e pediram para o Tribunal de Contas da União (TCU) apurar os gastos da União na “motociata” de Bolsonaro.
Na quarta-feira, 23 de junho, Luis Ricardo Miranda foi ouvido. Ele foi o servidor que relatou que sofreu pressões para o fechamento da compra da Covaxin. Além dele, passaram pela CPI especialistas e médicos para falar como as mortes em massa poderiam ter sido evitadas.
Um dos depoentes, Pedro Hallal, epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas (RS) (UFPel), contou aos senadores que o Ministério da Saúde censurou dados do EpiCovid-19, estudo realizado sobre o coronavírus no país até os dias atuais. A pesquisa foi realizada pela UFPel e apresentada no Palácio do Planalto no dia 02 de junho, mas, magicamente, um dos slides que mostrava a diferença no índice de casos por etnia foi retirado sem aviso prévio.
O epidemiologista também disse que, de acordo com um estudo da UFPel, junto com outras universidades parceiras, cerca de 400 mil mortes das 508 mil registradas pelo Brasil poderiam ter sido evitadas. Não é preciso dizer mais nada, não é mesmo?
O G1 está fazendo um acompanhamento em tempo real da CPI do Covid, confira!
Nise Yamaguchi
No final de semana a médica Nise Yamaguchi divulgou uma carta aberta afirmando que vai entrar com uma ação judicial de reparação de danos morais contra Omar Aziz e Otto Alencar. Ela alega que sofreu desrespeito e humilhação durante seu depoimento na CPI e está pedindo R$ 160 mil de cada um e a verba será revertida para hospitais infantis.
A tal da Covaxin
Se você não escutou o podcast que inseri aqui, vamos lá: tudo começou com uma investigação do Ministério Público Federal em Brasília, que avaliava o contrato fechado pelo Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos para a compra da Covaxin. Em um dos depoimentos ao MPF, Luis Ricardo afirmou que foi “forçado” a agilizar a compra da Covaxin por parte de superiores de dentro do Ministério da Saúde.
O servidor chegou a apresentar as provas ao presidente, que disse que iria acionar a Polícia Federal, mas nada se sucedeu.
Os documentos foram parar na CPI do Covid, pois os senadores foram alertados que Jair sabia sobre a irregularidade e mesmo assim deu continuidade na compra da vacina. Além disso, eles querem entender o porquê que a compra da Covaxin foi tão apressada, quando outras tiveram chá de cadeira, o que foi o caso da Pfizer, que levou 330 dias para ser respondida pelo governo.
Para piorar a situação, o imunizante indiano não tem o uso emergencial aprovado, que é o caso de outros medicamentos. E também em o fato que o governo adquiriu 20 milhões de doses por preços estratosféricos, por exemplo, enquanto a Pfizer oferecia doses a R$ 50,17 no primeiro contrato, a Coronavac R$ 58,20 por dose e a AstraZeneca a R$ 15,85 ou R$ 26,34, a Covaxin foi comprada por R$ 75,25 a dose.
Por fim, a CPI do Covid está aguardando o testemunho do sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, para esclarecer esse contrato superfaturado. Outro que será alvo é o tenente-coronel Alex Lial Marinho, um dos responsáveis por “forçar” o fechamento do contrato. Na quarta-feira a convocação dele foi aprovada, justamente com a quebra de sigilo do telefone, telemático e bancário.
Fonte: CNN Brasil | CNN Brasil | G1 | G1 | G1 | CNN Brasil
Debandada
Uma matéria da Folha de S. Paulo mostrou que quase metade dos jovens do Brasil - 47% -, entre os 15 a 29 anos de idade, sairia do Brasil caso tivesse condições. Eles se mostraram decepcionados com a situação atual, tanto no trato da pandemia, como em relação aos governantes, e também nas perspectivas de trabalho.
Fonte: Folha de S. Paulo
Boiada passando sobre Ricardo Salle
Na quarta-feira, 23 de junho, Ricardo Salles, pediu demissão do Ministério do Meio Ambiente. Entre os escândalos, Salles está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por estar envolvido no esquema de desvio de madeira ilegal. Ele chegou até a ir à Polícia Federal de Brasília, com um segurança armado, para tirar satisfação dos mandatos que estavam sendo colocados em prática, até mesmo contra ele.
Por fim, ele foi a pior escolha no pior momento. Defensor assíduo da bancada ruralista, foi ele que propôs “passar a boiada” durante o início da pandemia e mudar regulamentações ambientais para facilitar o desmatamento e o fim das áreas demarcadas.
Quem toma posse é Joaquim Álvaro Pereira Leite, que já era do departamento, mas atuava como secretário da Amazônia e Serviços Ambientais. Porém ele não destoa muito de Salles, já que foi produtor de café e um dos conselheiros da Sociedade Rural Brasileira (SRB). Por outro lado, ele tem interesse em fazer com que o Brasil permaneça no Acordo de Paris e também de retomar as negociações comerciais com os EUA.
Vamos ver no que vai dar!
Fonte: CNN Brasil
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