O ‘por Rica Inocente’ reuniu as principais informações sobre a comissão no “Conversa da Semana” de hoje
Com início no dia 27 de abril, a Comissão Parlamentar de Inquérito, apelidado carinhosamente como “CPI do Covid”, surgiu para apurar quais foram as falhas do Governo Federal durante o enfrentamento da pandemia.
Entre as diversas pautas levantadas, os senadores e depoentes já falaram sobre a falta de oxigênio no começo do ano no Amazonas, a aquisição (ou não) de vacinas por parte do governo federal, o investimento em medicamentos sem eficácia comprovada e a omissão das autoridades responsáveis no caos instaurado pela pandemia.
Para saber as descobertas mais chocantes que a CPI já revelou até então, assista o Conversa da Semana de hoje:
Fora isso, ainda tivemos outros depoimentos durante a semana. No dia 16 de junho, o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, deu o seu show na comissão. Apesar de ficar marcado como o depoimento mais curto, de 3h e 20min., ele atacou o Bolsonaro, as milícias cariocas e acusou o Flávio Bolsonaro de ser “dono” de alguns hospitais federais do Rio.
Apesar de ser aliado de Bolsonaro, a sua relação com o presidente se encerrou quando subiu ao "palanque" e afirmou que o digníssimo deixou “os governadores à mercê da desgraça”. Lembrando que em abril ele foi impeachmado por estar sendo acusado de crime de responsabilidade na gestão dos contratos na área de saúde durante a pandemia. É claro, ele nega.
Witzel também afirmou que “corre risco de vida”, pois as milícias do Rio estão por trás da máfia de saúde. Ele ainda discutiu com Flávio Bolsonaro, após apontá-lo como um dos mandantes dos hospitais federais, afirmando que o 01 era responsável por “mandar e desmandar”, indicar fornecedores e muito mais. O presidente da comissão, o senador Omar Aziz, até gostou da revelação e disse que é um ponto importante a ser investigado.
Já na quinta-feira, 17 de junho, os depoimentos foram adiados por conta da votação da Medida Provisória da Eletrobras. Inclusive o texto-base foi aprovado. Mas voltando ao assunto, quem iria à tribuna era o empresário Carlos Wizard, que fazia parte da assessoria paralela de assuntos da pandemia e supostamente patrocinou a divulgação de notícias falsas sobre a cloroquina, e também o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Silva Marques, que produziu um relatório falso sobre a Covid-19.
Se por um lado Alexandre deu as caras para passar vergonha, Wizard nem seu deu ao trabalho de aparecer no congresso. A CPI disse que tomará medidas cabíveis para “forçar” a presença dele no comitê. O empresário entrou com diversos pedidos no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que pudesse participar da CPI à distância, o que não foi acatado, e também para ter o direito a não falar nada.
Hoje, os integrantes da comissão analisaram requerimentos de novas convocações e pedidos para ouvir alguns dos depoimentos já escutados na condição de testemunha, em sessão secreta. Um dos casos é do ex-governador do Rio, Wilson Witzel. Os senadores também estão cogitando novas quebras de sigilo para analisar informações de organizações sociais da área de saúde no Rio de Janeiro.
A CPI de hoje também escutou alguns médicos defensores do uso da cloroquina. Mas isso não aconteceu de forma muito madura, já que alguns dos senadores da CPI abandonaram os depoimentos como forma de boicote.
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, anunciou que 14 pessoas passarão à condição de investigados, entre eles: Marcelo Queiroga (ministro da Saúde), Eduardo Pazuello (ex-ministro da Saúde), Ernesto Araújo (ex-ministro de Relações Exteriores), Fabio Wajngarten (ex-secretário de Comunicação Social da Presidência), Mayara Pinheiro (secretária do Ministério da Saúde), Nise Yamaguchi (médica defensora da cloroquina), Paolo Zanotto (virologista defensor da cloroquina), Carlos Wizard (empresário), Arthur Weintraub (ex-assessor da Presidência), Francieli Fantinato (coordenadora do Programa Nacional de Imunização), Marcellus Campêlo (ex-secretário de Saúde do Amazonas), Elcio Franco (ex-secretário executivo do Ministério da Saúde), Hélio Angotti Neto (secretário do Ministério da Saúde), e Luciano Diaz Azevedo (anestesista da Marinha, apontado como autor de propostas para alterar a bula da cloroquina).
Por fim, a CPI apresentou estudos científicos que apontam que a cloroquina é ineficaz contra a Covid e não decidiu as datas dos próximos depoimentos.
Para saber dos próximos episódios dessa maratona, acompanhe o por Rica Inocente!
Fonte: G1 | Politize | UOL | G1 | G1 | G1 | Café da Manhã - Folha de S. Paulo | G1 | G1 | G1 | G1 | G1 | G1 | Folha de S. Paulo | G1
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https://veja.abril.com.br/politica/cpi-da-pandemia-ouve-secretaria-da-saude-defensora-da-cloroquina/
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