País está passando pelo isolamento igual a muitos de nós, em meio ao caos, perdendo as rédeas
Para celebrar o Dia da Imprensa, nada mais justo do que publicar um texto sobre o desdobramento da pandemia no país. O âmago da imprensa é trazer informações relevantes para a população e nada melhor do que enfatizar esse dia com alguns fatos importantes.
O cenário atual da sociedade no geral está um caos. É a pandemia, lutas contra o racismo, declarações de grupos de hackers anônimos, declarações sobre o “ANTIFA” e muito, mais muitos acontecimentos que se superam a cada dia.
Mas, num primeiro momento, vamos focar no Brasil e como anda a situação aqui no território.
Como o país vem lidando com a pandemia
Situação nacional do coronavírus
De acordo com os dados informados até a noite de ontem, 31 de maio, o Brasil já contava com mais de 29 mil mortes por coronavírus e 506.708 casos do Covid-19. Os pacientes recuperados somam mais de 206 mil.
Com esses números, desde o dia 22 de maio, o país já ocupa o segundo lugar com mais casos de coronavírus no mundo, perdendo apenas para os EUA, que possuem um total de 1,7 milhão de paciente, segundo dados informados pela universidade norte-americana, John Hopkins.
A taxa de letalidade da doença no país é de 5,7% - a porcentagem é a relação entre mortes por casos confirmados. O Brasil ocupa, também, o quarto lugar em mortes, atrás da Itália, Reino Unido e Estados Unidos.
Apesar dos números ameaçadores, estudos estimam que a realidade seja ainda pior, devido aos casos não notificados. Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) mostra que o Brasil pode ter sete vezes mais casos de coronavírus do que se tem noção.
Entre os estados que possuem mais casos confirmados estão São Paulo (109.698), Rio de Janeiro (53.388) e Ceará (48.489).
Fonte: G1 | BBC Brasil
São Paulo à beira do descontrole
Segundo as informações divulgada pelas Secretarias estaduais de Saúde, o estado de São Paulo atingiu a marca de 7.532 mortes no noite do último domingo, 31 de maio.
A taxa de ocupação dos leitos no estado de São Paulo já atinge os 70,7%, de acordo com informações do dia 29 de maio. Mas, apesar de no mesmo dia - 29 de maio - o estado ter registrado o recorde de novos casos de coronavírus em 24h (6.382), o governador João Doria afirmou que a pandemia não está descontrolada.
Com a pandemia “sob controle”, o governador anunciou que a quarentena será estendida até o dia 15 de junho, mas que, a partir de hoje, 1º de junho, o estado terá uma flexibilização do isolamento social, com a retomada de atividades econômicas, a nova fase recebeu o nome de “Retomada Consciente”.
O plano irá analisar caso a caso as cidades e irá autorizar o funcionamento de determinadas atividades de acordo com a transmissão do Covid-19 nas determinadas áreas. Mesmo assim, os serviços que voltarem a atuar, deverão seguir as instruções de distanciamento e manter as medidas de segurança e higienização.
Fonte: Uol Notícias | G1
Campinas e a dança do abre e fecha
Quanto à cidade da qual o blog escreve, Campinas, ela também não está vivendo o melhor dos momento durante a pandemia. De acordo com as informações divulgadas pelo prefeito Jonas Donizette, no dia 30 de maio, a cidade atingiu a marca de 73 óbitos e 1.570 casos confirmados de coronavírus.
A região da metrópole também não está diferente. As cidades da região contabilizam o total de 3.238 casos positivos em 30 municípios e 154 mortes por Covid-19 em 20 cidades. Informações apuradas pelo G1 Campinas no dia 31 de maio.
Mesmo assim, o prefeito de Campinas estava estudando uma liberação do comércio na cidade, mas ela foi adiada por uma semana. O prefeito Jonas Donizette anunciou numa live na sua página oficial do Facebook o adiamento e afirmou que até a quinta-feira, 5 de junho, a prefeitura irá publicar um decreto com as regras da flexibilização para o dia 8.
Busca pela cura
Em meio a disseminação do coronavírus, cientistas e pesquisadores do mundo inteiro estão em busca de um medicamento que acabe com a pandemia ou pelo menos reduzam os riscos da doença para o ser humano.
De acordo com a bióloga Keity Souza, professora da Faculdade de Medicina da USP, em entrevista para o Terra da Gente, existem 120 pesquisas simultâneas ao redor do mundo, pelo menos três no Brasil, mais investimentos privados e governamentais em busca de encontrar a cura para a pandemia.
Algumas pesquisas têm se mostrado promissoras, com resultados positivos e as empresas que estão desenvolvendo esses medicamentos/vacinas, já estão partindo para as fases de teste em humanos e aprovação dos órgãos de segurança.
Fonte: G1
Caso de amor entre Bolsonaro e a Cloroquina
Apesar de defender que o Covid-19 não passa de uma simples gripezinha, o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vive um caso de amor com o medicamento Cloroquina e a Hidroxicloroquina.
Apesar das pesquisas apontarem que o medicamento não tem um bom desempenho com pacientes infectados pelo vírus do coronavírus, Jair insistiu em mudar o protocolo do Ministério da Saúde, que impedia o tratamento de pacientes com o medicamento.
O fármaco é indicado no tratamento contra a malária e, realmente, alguns pacientes de coronavírus foram tratados com ele quando tiveram os primeiros sintomas. Entretanto, o uso do medicamento pode provocar outros efeitos, como problemas cardiovasculares, o que implica ainda mais no quadro clínico do paciente de Covid-19.
Mesmo com as informações em mãos, o presidente continua afirmando que este é o remédio que irá salvar a vida dos brasileiros infectados pela doença que ele não acredita que existe. Aliás, ele é um ótimo piadista diante do avanço da pandemia no país.
Política está em ebulição
Os últimos dias têm sido marcados pelos protestos nos estados norte-americanos devido ao assassinato de George Floyd, homem negro que foi asfixiado por oficiais da polícia na última segunda-feira, 25 de maio, em Minneapolis.
Enquanto isso, no Brasil, o presidente continua fazendo seus passeios em meio a multidão de fãs lunáticos, sem usar nenhum proteção, enquanto levanta crianças em meio aos protestos pró-intervenção e contra a democracia.
Como se não bastasse o ato inapropriado, o digníssimo passeou pela manifestação montado a cavalo, acenando para o público. O vídeo foi divulgado na conta de Twitter do presidente, como inserido acima.
A alguns quilômetros de lá, na Avenida Paulista, em São Paulo, torcidas organizadas se juntaram em um protesto contra o presidente e também contra o fascismo. A manifestação que seguia pacífica teve grande repressão da polícia e também de apoiadores do Bolsonaro.
Fontes: Uol Notícias
“Desgraça pouca é bobagem”
Como se a situação já não estivesse caótica o suficiente, investigações da Polícia Federal vem abalando ainda mais o cenário político do Brasil.
Começando pela semana do dia 19 de maio, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel foi alvo de uma ação que investiga o desvio de recursos destinados ao combate do coronavírus.
A PF cumpriu diversos mandados nas residências oficiais do governador, que teve a apreensão de celulares e computadores. A ação ocorre durante uma crise de saúde enfrentado pelo estado, que conta com um dos maiores índices de infectados do país.
A investigação procura saber o porquê dos atrasos nos hospitais de campanha e o superfaturamento de produtos designados para o combate da pandemia no estado. Alguns subsecretários já chegaram a ser presos por irregularidades nos processos de contratação.
Mas, como dito ali no subtítulo, “desgraça pouca é bobagem”, durante o decorrer da semana passada, a Polícia Federal cumpriu diversas ordens judiciais expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal para o inquérito das Fake News.
Diversos aliados do presidente tiveram os seus nomes citados durante a operação, que vão ter o sigilo bancário e fiscal quebrados para verificar os investimentos feitos nas ações de disseminação de notícias falsas.
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, também determinou o bloqueio das contas nas redes sociais de diversos mencionados no inquérito. De youtubers a políticos, todos eram aliados ao governo, que sempre deixaram claro seu apoio ao digníssimo.
Fonte: G1 | Uol Notícias
Impacto da pandemia no país
Desemprego e auxílio emergencial
Com o fechamento de comércios e a implantação do isolamento social, diversas pessoas perderam o seu emprego em 2020. De acordo com dados divulgados pelo governo no dia 27 de maio, o país atingiu seu recorde em queda de número de carteiras assinadas. Foram menos 763.23 vagas de janeiro a abril, o pior desempenho desde 2010.
Com isso, a solicitação pelo auxílio emergencial teve um aumento. O Senado realizou uma alteração na lei, que foi sancionada por Jair Bolsonaro. A mudança faz com que, quem receber o dinheiro agora, devolva a quantia em 2021 casos os beneficiários se recuperem financeiramente ao longo de 2020.
Fechamento total
A volta a normalidade depende totalmente da diminuição dos casos de coronavírus no país e isso está ligado às taxas de isolamento social, que tem sido abaixo da médio nas últimas semanas.
Os estados que adotaram o fechamento total, lockdown, apontaram uma melhoria nos casos de coronavírus e até estudam a flexibilização do isolamento para retomar a normalidade. Os estados, Maranhão, Ceará e Pernambuco, notaram uma redução na curva do contágio do Covid-19.
Questionado sobre a adoção da medida no estado de São Paulo, Doria afirmou que imediatamente essa não é a estratégia e pretende flexibilizar a quarentena ao final da prorrogação estabelecida por ele na semana passada.
Fonte: G1 | Uol Notícias
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