Economia afundando e desespero aumentando leva a população ao delírio
Nem só de memes vive o brasileiro! Dinheiro ajudar nessa sobrevivência. Mas, com o avanço crescente do coronavírus, esse último ponto anda complicado. O governo diminuiu as expectativas do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano. Na sexta-feira do dia 20 de março, o Ministério da Economia passou a projeção de crescimento de 2,1% para 0,02%. Dados de um estudo do Centro de Macroeconomia Aplicada da FGV (Fundação Getúlio Vargas), aponta que a pandemia pode provocar uma perda de até 4,4% no PIB, isso no pior cenário estipulado pela pesquisa.
Apesar disso, ainda não é o momento mais indicado para colocar a economia de volta aos trilhos. A economia mundial já está sofrendo com as paralisações e isso vai durar por um tempo, enquanto o vírus continua a se espalhar. A situação não está fácil para ninguém, empresas grandes, pequenos negócios e a pessoa física. O presidente brasileiro segue fazendo afirmações absurdas em relação ao Covid-19, querendo estimular a população a retomar a rotina, mas todos os outros chefes de Estados do mundo e o próprio Ministério da Saúde vão contra essa posição.
Em declaração através de live realizada no dia 22 de março, o presidente da XP Investimento, Guilherme Benchimol, disse que os números apontam que nos próximos meses o Brasil tenha até 40 milhões de pessoas desempregadas devido às demissões e suspensões causadas pelo coronavírus. Ele também defendeu a criação de um plano Marshall, pacote que auxiliou na reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial, para que a situação não fique ainda pior.
Para quem não conhece, o Plano de Recuperação Econômica (Plano Marshall), foi um programa de ajuda econômica dos EUA para ajudar os países atingidos pela Segunda Guerra Mundial. Através desse projeto, foi possível reconstruir edificações, indústria, realizar a importação de alimentos e mercadorias industrializadas, além de financiar o sistema de agricultura. De acordo com dados históricos, o plano foi um dos principais motivos para o rápido arranque econômico dos países europeus.
Mas Bolsonaro, friamente, quer rumar para outros caminhos tendo em vista o seu comportamento nas últimas semanas. Além de se arriscar, colocando o bem-estar dos brasileiros em jogo, o presidente apresenta várias saídas econômicas voltadas apenas para o benefício de grandes empresários, prejudicando ainda mais o cidadão brasileiro.
Mas o que pode ser feito?
Em meio essa situação bizarra, ninguém ainda virou para a população e disse o que deve ser feito para conter essa crise. Tendo dinheiro ou não, as contas ainda estão chegando e muitas pessoas estão desempregadas ou passando sufoco com a situação atual. Alguns estados e municípios estão indo atrás de maneiras de suavizar as despesas familiares com a suspensão das tarifas de água e energia, mas os projetos ainda estão em análise e alguns não compreendem todo a população, apenas as famílias mais carentes.
Entre pesquisas e publicações, grande parte dos conselhos para essa fase, é apostar na economia e na organização financeira, para não se complicar com dívidas quando isso passar. Aqueles que foram dispensados, devido aos recessos impostos pelas empresas, essa é a hora de começar a desenvolver projetos que estão parados por algum tempo e que possa dar um retorno financeiro ou até mesmo se oferecer para fazer serviços, de maneira segura e dentro das normas de proteção, para poder se manter nos próximos meses.
Os pequenos e médios empresários não estão a salvo. Como não são grandes empresas, não possui capital para se sustentar por muito tempo e esse é o momento de reinventar o seu produto e serviço. Alguns artigos da Sebrae, incentivam esses pequenos empreendedoras inovar a forma como vendem e apresentam seus artigos nesse momento de dificuldade. Os clientes precisam ter noção que a empresa pode passar por essa fase, apesar das dificuldades impostas.
Restaurantes, padarias e bares, entraram nessa de mudanças. Apesar de dispensarem a maior parte do seu corpo de colaboradores, eles estão investindo em entregas por aplicativos e desconto nas compras realizadas de forma online, incentivando os clientes a ficarem em casa e realizarem os pedidos do conforto e segurança das suas residências. As academias, faculdades e até mesmo escolas, estão apostando em aulas online, para manter os seus alunos por dentro dos treinos e das matérias que seriam perdidas nesses tempos de coronavírus. Até mesmo aquelas empresas que não tem como ter contato direto com o seu cliente de forma alguma, estão dando um jeito de manter o público engajado com a companhia, através de conteúdos ou materiais que “eduquem” o cliente e o mantenha no radar.
Exemplo de como manter o público engajado, mesmo que o seu produto não seja de uso necessário para este momento:
Lembrando que a produção de conteúdo é uma função que está em alta, não só agora nesse momento, mas a algum tempo o marketing de conteúdo tem caído no gosto das pessoas e ganhando muito espaço nas empresas. Esse momento pode ser muito bom para descobrir o que vai bem para a sua empresa e trocar estratégias, mantendo a sugestão do Sebrae de inovação.
Mas esse é o momento de cuidar da comunidade também. Apesar das reestruturações, alguns negócios são mais difíceis do que outros na hora de gerar resultados. Uma dica é cooperar com os pequenos empresários que estão ao seu redor. Compre na padaria do lado da sua casa, vá até o mercado/hortifrúti a duas ruas de onde mora para reabastecer a geladeira, encomende doces da sua vizinha, faça pedidos dos restaurantes pequenos de meio do bairro, aposte nas farmácias dos comerciantes de dentro da comunidade. Valorize a economia local, isso é uma forma alternativa de ajudar como pode.
Invista em você
Outra alternativa para lidar com a situação, é investir na sua carreira. As determinações são para a população não saia de casa, só serviços de extrema importância devem manter o pleno funcionamento. Para aqueles que estão desempregados ou com a carga horário de trabalho reduzida, apesar do desespero, respira e tente algumas coisas para incrementar o seu currículo, isso pode ajudar quando a economia voltar aos trilhos.
Diversos portais disponibilizam cursos online gratuitos e com direito a certificado de conclusão. São aulas de diversas áreas, e qualquer um pode ter acesso. Entre as instituições que abriram os seus cursos para a população, está a FGV, que disponibilizou 55 modalidades para serem estudadas durante a quarentena. Confira aqui os cursos.
Fontes: Uol Economia | Uol Economia | Uol Economia | Brasil Escola | Sebrae
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