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Foto do escritorpor Rica Inocente

Coronavírus: vamos todos morrer?

Vírus fez com que uma cidade fosse fechada na China, já atingiu outros países e continua sendo um mistério

Cidadão asiático usando máscara na rua (Fotos: Unsplash)
Cidadão asiático usando máscara na rua (Fotos: Unsplash)

No começo de janeiro fomos bombardeados por uma série de notícias comentando sobre um vírus que atingiu uma cidade da China. O epicentro do surto, Wuhan, metrópole chinesa que abriga 11 milhões de habitantes, ergueu um cerco em volta da cidade para evitar mais contágios para os cidadãos e também para o restante do mundo.


Mas, diante desse caso, autoridades chinesas afirmaram erros durante a contingência, alegando que muitas pessoas com suspeitas do vírus, ou até mesmo infectadas, deixaram a cidade antes do bloqueio.


Atualmente, a China possui 549 mortes pelo Coronavírus, 20.527 pessoas infectadas em todo seu território, mais uma morte confirmada nas Filipinas e mais 176 casos investigados em 24 países. No Brasil, o Ministério da Saúde afirma que existem 13 casos de suspeitas, no Rio de Janeiro (1), São Paulo (6), Rio Grade do Sul (4) e Santa Catarina (2).


O que é?

Representação de vírus
Representação de vírus

O Ministério da Saúde explica que o coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Esse novo ‘tipo’ de coronavírus foi descoberto no final de dezembro de 2019, quando foi registrado um grande número de casos de pneumonia na cidade de Wuhan. Logo após isso, a OMS (Organização Mundial de Saúde), emitiu o primeiro alerta.


Conhecido como ‘Novo Coronavírus – nCoV-2019”, a doença apresenta os seguintes sintomas: febre, tosse, dificuldade em respirar e falta de ar. Em casos mais graves, o paciente sofre com pneumonia, insuficiência renal e síndrome respiratória aguda grave.


De acordo com o site do Ministério da Saúde, alguns tipos de vírus podem causar doenças graves, como a Síndrome Respiratório Aguda Grave (SARS), que ganhou os noticiários em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Média (MERS), identificada em 2012.


Onde surgiu?


De acordo com as notícias, o primeiro alerta da doença surgiu no dia 31 de dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China. A suspeita inicial era que as pessoas infectadas tinham relação com um mercado de frutos do mar na cidade, o que levou as autoridades a acreditarem que o vírus era transmitido através do contato entre animais marinhos e humanos.


A forma da transmissão segue desconhecida, além das hipóteses dos animais marinhos, outras pesquisas apontam que há possibilidade de transmissão a partir da cobra e também de morcegos.


O que sabemos?


Como se trata de um novo tipo desse vírus, a pergunta acima é um tanto quanto retórica. Notícias mostram que infectologistas e médicos da área ainda não sabem muito a respeito da doença, eles buscam informações como a capacidade da transmissão, perfil dos pacientes e também uma vacina para curar o corpo.


Em contrapartida, podemos dizer que o contágio entre humanos ocorre pelo ar, através de tosse ou espirro e que as recomendações de prevenção são lavar as mãos, cobrir a boca e o nariz ao espirrar e cozinha bem carnes e ovos.


Mas, ainda não se sabe ao certo como barrar a contaminação do coronavírus e pensando nisso, a OMS declarou na última quinta-feira (30), estado de emergência em saúde pública internacional. A ordem é dada quando há risco para a saúde em outros países devido a propagação de doenças.


Curiosidades

Médico realizando testes em laboratório
Médico realizando testes em laboratório

Censura política

Um médico da cidade de Wuhan tentou avisar outros profissionais da área de saúde a respeito do vírus, mas as autoridades chinesas o impediram de divulgar ou compartilhar as informações com outras pessoas. O médico acabou infectado e divulgou a sua história nas redes sociais, para mostrar ao público o que estava acontecendo e que eles podiam ter sido notificados com antecedência.


Confira a história aqui: BBC


Erro chinês


Governo da China admitiu a falha na resposta à epidemia e afirmou que reconhece a necessidade de melhorar o gerenciamento do sistema de saúde de emergência. As autoridades foram acusadas de subestimar a gravidade do vírus e tentar manter sigilo, como a nota mencionada acima.


O governo só foi se manifestar e fazer algo com certa firmeza em janeiro, quando bloquearam a cidade de Wuhan e municípios próximos, na tentativa de conter a expansão da doença.


Hospital em 10 dias


O país propus um projeto absurdo para tentar contar a manifestação do vírus. Construíram um hospital em 10 dias para receber os pacientes infectados pelo coronavírus. A China transmitiu ao vivo a construção do complexo, que será administrado pelo exército e possui 34 mil metros quadrados.


A BBC News montou um vídeo mostrando a contração do hospital. Confira


Mas esse não é o fim


Apesar da iminência do vírus e as poucas informações que conseguiram juntar a respeito dele, a civilização já enfrentou outros vírus e sobreviveram para contar a história. Confira algumas doenças que abalaram a estrutura da sociedade nos últimos anos:


Gripe russa: subtipo H2N2, o vírus matou cerca de 1,5 milhões de pessoas entre 1889 e 1890. O surto, de acordo com os registros históricos, tiveram início em Bukhara, onde hoje fica localizado o Uzbequistão. A doença chegou ao Brasil, e afligiu o imperador da época, D. Pedro II.


Gripe espanhola: de acordo com os registros, ela surgiu durante a Primeira Guerra Mundial (1918/1919) e seus “pais” foram os Estados Unidos. Mas como estavam em guerra, se recusaram a divulgar tal informação, que acabou sendo notificada pela Espanha e levou o nome da doença. Conhecida também como H1N1, a gripe levou cerca de 100 milhões de almas.


Gripe asiática: com o marco zero na China, a doença se espalhou pelo mundo em dez meses e a transmissão ocorreu por terra e por mar. Apesar dos avanços tecnológicos da época (1957/1958), a doença matou 2 milhões de pessoas.


Gripe de Hong Kong: o vírus conhecido também como H3N2 surgiu entre 1968 e 2969 e causou até 3 milhões de mortos. A doença, transmitida por aves, teve um impulso na sua transmissão através da ação da globalização, pois devido aos voos internacionais, hospedeiros levavam o vírus de um lugar para o outro. Na época, os Estados Unidos registrou 34 mil pessoas com a doença.


Gripe suína: o famoso H1N1 fez 17 mil vítimas e assolou a população de 2009 a 2010. O vírus sofreu uma mutação no México e começou a infectar humanos, antes era uma doença de porcos.


Gripe aviária: recorrente de 1997 e 2004, o H5N1 matou 300 pessoas e devido a ele cerca de 1,5 milhões de aves foram mortas só no primeiro ano.


Fonte: Saúde


Para todas as doenças mencionadas acima, hoje em dia existe um tratamento certo e vacinas a serem tomadas. Apesar do coronavírus ainda não ter um tratamento certo, as recomendações s]ao manter as vacinas em dia e os cuidados básicos com a saúde.


Fonte: Ministério da Saúde | G1 | G1 | G1 | G1 | BBC | G1 | Isto É


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