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Foto do escritorpor Rica Inocente

A desvalorização das empresas jornalísticas e o fortalecimento das Fake News

Atualizado: 25 de jul. de 2018


Recentemente o Facebook ativou novas ferramentas no seu sistema com o objetivo de privilegiar as publicações pessoais ao invés das produzidas por empresas midiáticas. A mudança visa tornar o perfil do usuário mais pessoal do que comercial. De acordo com o fundador e diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, o intuito é fazer com que as interações sejam mais significativas para as pessoas, fortalecendo os relacionamentos, melhorando o bem-estar e a felicidade.


Entretanto, essas mudanças levantaram uma discussão entre os veículos de comunicação, que vão perder espaço dentro da rede na hora de publicar notícias relevantes ao público. No dia 8 de fevereiro, o jornal Folha de S. Paulo informou aos seus leitores que não realizará mais publicações de conteúdo na sua página devido às alterações da rede social. Eles continuaram com a página ativa, porém, a publicação de matérias e reportagens não será mais realizada. Segundo eles, o novo algoritmo privilegia conteúdos de interação pessoal, em detrimento dos distribuídos por empresas.


No entanto, os novos recursos abrem espaço para a propagação de Fake News e bolhas de opiniões, devido a ausência das características do jornalismo nas publicações de páginas de entretenimento e de usuários muito envolvidos com discussões sociais. Muitos desses posts costumam vir com informações erradas ou não checadas devidamente. Em alguns casos, a informação é falsa e causa histeria em quem recebe o conteúdo.


As pessoas que consomem os conteúdos publicados desta forma não possuem o costume de verificar ou procurar em mais de uma fonte a origem do que recebem, o que acaba levando por verdade as Fake News. Além destas não abordarem mais de um ponto de vista do acontecimento, as Fake News fortalecem pensamentos extremistas em relação a um único tema.


Apesar da rede social querer se fortalecer como um espaço de comunicação pessoal, é importante que se faça uma reflexão sobre o impacto desta mudança e que seja levado em consideração o número de usuários que consomem conteúdos pelo feed de notícias e se atualizam com o que é publicado pelas páginas que seguem.


(Texto: Ricaella Inocente | Imagem: Shutterstock)


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